Imaginava o fim do mundo assim:
Todos nós na beira de um precipício e lá do céu uma grande bola de fogo vindo em nossa direção.
A bola de fogo se aproximando, o calor dela já se fazendo presente, misturado com o calor dos nossos corpos abraçados.
Alguns com lágrimas nos olhos, outros cantando, uma turma pedindo perdão, casais se beijando...
Tinha um cara cabeludo solando Dont' Cry em uma guitarra.
Mas o fim do mundo tá bem diferente.
Estamos isolados, alguns.
Estamos de máscaras, quase todos.
Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar.
Aldeir Ferraz
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