quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

MARCAS DO QUE SE FOI (PARTE 1)

 Se eu tiver enganado me corrijam, mas as décadas de 70 e 80 aceleraram o processo de influência das propagandas em nossas vidas.

A personalidade muitas vezes se formatava por publicidades.

O cigarro era clássico nesta formação, cada marca ditava uma regra.

Lá no armazém Ferraz quem comprava o cigarro Mustang era meio peão, meio cawboy. Os cigarros Continental, Vila Rica era do povo ligado ao futebol, aos bares, bate papos, a turma que sempre levava vantagem.

O Carlton, Minister, Malboro era de uma elite de empresários, gente importante, autoridades de alto escalão. Os cigarros Hollywood, Free, Plaza, tinham adeptos com a galera das viagens, da vida mais liberal.

Cigarros filtro longo como o Luxor e o Shelton era do pessoal mais filosófico. Lembro do Prof Milinho, que sempre fumava destes com uma cigarrilha.

Os cigarro, Arizona,derby, imperador sem filtro, fumo de rolo, fumo capitão, dois irmãos, Arapiraca era do povão.

O Charuto cubano era para os comunistas.

Consumir estas marcas promovia a sensação de pertença.

Quem fumava tinha status, era chique e até arrumava namoro.

Eu mesmo comecei a fumar o cigarro Tempo, um cigarro diferente de cor marron, lembrava charuto, pra arrumar uma namorada.

Dei sorte e fui convencido a parar de fumar por causa do meu primeiro namoro.

Aldeir Ferraz



Um comentário:

  1. Essa época que fumar era charme as grande companhias de cigarro quase comandavam nosso país.
    Eu fui fumante por 30 anos, hoje estou caminhando para 22 anos de abstinência, sinto falta só do dinheiro que queimei como fumante.

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