domingo, 30 de agosto de 2020

BOM VOTO

Há tempos participo da politica. Não sei até quando terei esta disposição. Pode ser que chegue um dia que novos rumos me farão seguir a direção reclusa do silêncio diante das questões que afetam nossas vidas.
Sempre acreditei que através da politica poderiamos mudar a vida das pessoas. E é verdade gente!
Aqui no bairro que moro, o bairro São Domingos, tinhamos muitos problemas de infra-estrutura, familias que dormiam com riscos de escorregamento de encostas, ausência de creche,educação e saúde  precária, problemas sociais. Muita coisa mudou, outras não,mas foi decisões politicas que fizeram o cenário mudar, precisa mudar mais, claro que sim,mas mudou.
Outras regiões da cidade, também seguiram com melhorias, quem é do do Bairro João Teixeira, o popular Tanquinho, sabe da dureza que era viver com esgoto a céu aberto, sem agua tratada e na poeira.Hoje vai lá pra ver, até escola modelo tem. Tá bom? claro que não. Sempre precisa de mais.
As cidades são dinâmicas, crescem de tamanho e surgem novas demandas, por isso sempre temos que acompanhar essa evolução e ter a capacidade de manter a qualidade de vida sempre.
É a qualidade de vida que nos deve mover ao tomar nossas decisões politicas.
De 04 em 04 anos, paramos para pensar e escolher quem vai assumir a gestão da cidade, quem vai representar os nossos anseios da luta pela qualidade de vida. 
Ter nojo da politica, se abster, não se envolver, nada disso vai ajudar a melhorar o que precisa ser melhorado. Claro  que é direito achar que politica não presta. Mas a roda vai continuar girando e se girar mal, pode nos atropelar.
Não é preciso dizer o tanto de coisas que nos prejudica por ausencia de boas administrações púbicas.
Por isso um apelo faço, vamos continuar tentando acertar e acreditar que a qualidade de vida pode ser alcançada.
Nesta pandemia vai ser dificil acontecer reuniões, debates públicos, corpo a corpo com candidatos, o risco de contaminação é grande e a saúde é uma questão poltica também
A escolha do eleito será então de muito estudo por parte do eleitor. Preste atenção no que nossos candidatos irão postar nas redes sociais, na sinceridade do que falam, nas falsas promessas e nas verdades que precisam ser ditas.
Não vamos abusar deste momento, menospresar essa oportunidade, Vamos ouvir, analisar e jamais entregar o  voto por nada.
Acho que o respeito a quem está  se apresentando como candidato é bom, pois creio que a reciproca deverá ser a mesma.
Tem muita genta boa na disputa e sou otimista de que vamos conseguir escolher os melhores entre os melhores.

Abraços a todos, boa reflexão e que lá na frente tenhamos e um bom voto.

Aldeir Ferraz



BOM APETITE, DIA DO NUTRICIONISTA



O alimento é vital para nossa existência como seres vivos, isso é um fato.

Desde a idade das pedras, principalmente com a descoberta  do fogo, o hábito de se alimentar vem se evoluindo e em cada região deste planeta forma-se culturas variadas.

O que é normal de se comer na China, pode não ser normal aqui. Cada parte do mundo desenvolvem-se alimentos de formas variadas que buscam garantir a sobrevivência, aliada ao paladar logicamente.

Aqui no Brasil podemos perceber essa diversidade alimentar. Cada região procura expor o que tem de bom para comer. Nossa Minas Gerais larga na frente nesta disputa, claro néh!? Será que existe coisa melhor que um franguinho com quiabo?

A história do alimento tem muito de luta e resistência dos povos. Aqui no periodo intenso da escravidão, a população que foi raptada da áfrica e submetida ao flagelo da submissão de raça, buscou formas de sobrevivência na alimentação. Recebiam sempre o resto das Casas Grandes e nas Senzalas reinventavam o que era descartado pelos senhorios e conseguiam a energia alimentar necessária para resistir, a feijoada é um exemplo.

Hoje usamos o termo Segurança Alimentar para colocar na mesa essa importante situação das nossas vidas, ou seja, comer, comer é fundamental para sobreviver. E não é só apenas comer para sobreviver, é alimentar-se com qualidade para garantir a saúde de verdade.

Nesse contexto, diversos homens e mulheres se enveredaram nessa importante ciência que estuda os alimentos e seus nutrientes. Falo aqui dos Nutricionistas.

Conheço vários nutricionistas e posso atestar como são envolvidos na luta por alimentos saudáveis que visam não matar a nossa fome apenas,mas garantir a vida saudável.

O trabalho dos nutricionistas ultrapassam cozinhas, não ficam presos apenas em planilhas, vão a campo literalmente para garantir que nossa geração e as futuras tenham a fonte de vida no hábito de alimentar.

Dia 31 de agosto, dia do nutricionista, vai aqui o meu viva a todos eles, bom apetite.

Aldeir Ferraz



sexta-feira, 28 de agosto de 2020

EM BUSCA DE UM AMIGO


Recebi uma mensagem e nela dizia: “Estou precisando de um amigo.”

Interessante que aquilo me causou espanto.

Comecei a pensar sobre amizade, como é bom ter um amigo.

Quantos amigos tive! Que coisa boa! Mesmo temporário, amigo é amigo.

Esse negócio de amizade nos faz até pagar mico. Quantas vezes em uma mesa de bar, afaguei minhas mágoas e também buscava consolar um amigo. O incio era uma conversa sem esperança, no meio o choro e no fim saíamos cantando. Aquilo dava um alívio.

Estamos em um momento de distanciamento social e fico pensando como este tempo nos deixa carentes. Já pensou a criançada que não tá brincando com sua turma, tendo que ficar em casa e superar o tédio?

E eu que já estou com minhas saudades das conversas no boteco e nos churrascos. Até que no trabalho ainda tento cultuar amizades, mas trabalho é lugar tenso, estamos sempre focados nas atividades.

Bom mesmo é sair do trabalho e sentar com os amigos, jogar conversar fora, saborear um torresmo e uma bebida gelada ou uma quente.

Rir, chorar, se expor, tem que ser com alguém que você pode confiar.

Acho que este pedido de amizade representa a necessidade que temos de completar os nossos vazios.

O vazio de mundo que vivemos neste momento precisa ser preenchido. O copo na mesa de um bar quando tá vazio, logo pedimos o garçom pra encher.

Que nossa vida nunca se esvazie de amizades. Vamos celebrar sempre com nossos amigos, de preferência numa mesa de bar.


Aldeir Ferraz




quarta-feira, 26 de agosto de 2020

VELA ACESA


Estava ali caído o andarilho que encerrou seu caminho.

Caiu no meio da praça e naquele fim de tarde frio, pessoas apressadas passavam. Ninguém se importava.

Folhas secas com o vento depositavam-se em seu corpo já gélido. A espera do rabecão para recolhê-lo, aquele sem nome, sem documento, sem rumo, sem nada estava ali.

Eu do outro lado da rua a espera de um ônibus presenciava aquela cena.

Uma velha senhora se aproximou e com uma vela acesa cerimonialmente a depositou do lado daquele cadáver. Antes de sair protegeu a vela acesa com uma lata e fez um gesto de oração.

Demorou ainda um pouco, mas recolheram aquele homem falecido. A vela ainda ficou ali e acesa.

Meu transporte não chegava, estava atrasado e fiquei a admirar a luz protegida que aquela boa senhora deixou. Seria ela um parente, alguém próximo, ou um anjo?

Comecei a pensar sobre o fim daquele ser que não tinha ninguém por ele.

Do mundo não recebeu a bondade necessária para viver em um lar com comida quente, com roupa lavada, com uma TV para assistir, com filhos para curtir.

Talvez o gesto da vela acesa que a senhora deixou ao seu lado fosse a única bondade que um dia recebeu.

A vela acesa era ali uma forma de amor única que ganhou, realmente amar é simplesmente querer o bem de alguém, mesmo que seja um ninguém.


Aldeir Ferraz

XADREZ


O Jogo de Xadrez nos remete ao estilo de uma sociedade monárquica, onde peões, bispos, rei, rainha tem seu papel definido em uma batalha mortal que visa derrubar o oponente. Cavalos e torres expõem o poderio de um lado e de outro com estratégias múltiplas de avanço no território alheio.

O tabuleiro é o mundo onde estes atores atuam. Peões são colocados a frente como escudos e alvos fáceis dos confrontos. São os primeiros a serem eliminados e raro é as vezes em que sobrevivem para a celebrar uma vitória.

Torres e cavalos são as forças que podem derrubar o inimigo, é a imponência do poder que passa por cima, que elimina sem dó, mas que também não leva a paz, pois são alvos estratégicos para serem derrubados.

A posição dos bispos é clássica, vivem ao lado da rainha e do rei e usam das suas prerrogativas para se manterem ao lado do poder.

A rainha é mais dinâmica o rei mais restrito, mas é dele a vitória ou derrota.

Neste tabuleiro da vida, somos os peões, que estam na batalha do dia a dia esperando o momento em que seremos abatidos, a maioria das estratégias nos menosprezam, mesmo sendo a maioria.

O poder tem uma lógica triangular onde quem está na base da pirâmide é achatada pela turma do topo. O jogo da vida é assim, somos necessários apenas quando nos fazem necessário.

Consciência do nosso papel pode fazer a mudança na regra do jogo.


Aldeir Ferraz

terça-feira, 25 de agosto de 2020

VENTO E ASA




E este vento que toca em mim, leva-me a buscar o horizonte em um vôo sem fim.

Vento que aguça os desejos, que liberta os sonhos e me mira o distante

Lá no distante que se encontra o que aqui não encontro

Hora ! Meus desencontros angustiantes renda-se aos ventos que me quer radiante

Não me queres estaca, me bate este vento que me entende como asa

Asa que rompe o espaço e se perde no infinito, se confunde com o que é azul

Que vida incerta que me prende e não me deixas seguir neste vento

Este vento que insiste que seja eu, uma eterna asa.


Aldeir Ferraz

domingo, 23 de agosto de 2020

ZÉ DA LUA E UTOPIA

Quem é Zé da Lua?
Zé da Lua são todos esses homens sonhadores que vagam mundo afora.
E essa tal Utopia do Zé?
Utopia é o mundo paralelo que o Zé tá sempre construindo.
Zé é um cara real que acorda cedo e vai para o trabalho. Em sua casa deixa tudo pra garantir tudo quando voltar.
Sua vida é muito dura, quase que precisa vender o almoço pra comprar o jantar.
O interessante no Zé é sua esperança. Mesmo quando as coisas não dão certo, não desanima.
O seu mundo paralelo te ajuda muito. Em Utopia realiza tudo o que no mundo real não consegue realizar.
Sua casa linda está lá! Mesmo que não tenha no mundo de cá!
Os seus desamores que guarda no peito, em Utopia são eternos amores perfeitos.
Aqui suas andanças sofridas são passados longínquos na bela Utopia que te faz viajar.
Em Utopia suas necessidades são supridas com seu trabalho e não tem este sufoco real de amargar.
O que tem de igual de um lado e do outro é o sorriso do Zé.
Quem dera todos nós tivessemos a Utopia do Zé, que mesmo distante sua real efetividade, traz uma vontade danada de sempre sonhar e saber que uma hora tudo vai alcançar.

Aldeir Ferraz


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

O CARA É DOIDO



De manhã, bem cedo, já virou hábito ouvir a mensagem do Padre.

É muito energizador.

Hoje pela manhã coloquei a mensagem para ser ouvida junto com um amigo que é bem sincerão.

O Padre apesar de perrengado e tossindo bastante fez a leitura do evangelho. Citou o capitulo e o versículo, mas esqueceu de falar do evangelista, sem problema, tava guerreiro com sua enfermidade, deu pra entender.

O evangelho relata Jesus contando a parábola do Patrão que chamou vários trabalhadores para sua vinha e no final pagou a todos o mesmo valor, independente de quem começou mais cedo ou mais tarde.

Tal atitude causou indignação aos personagens da história.

O meu amigo também ficou encafifado com a parábola.

— Esse Cara é doido, como pode querer igualar as pessoas?

Não é atoa que mataram ele! Se depender da nossa sociedade fica na cruz de enfeite, esse comunista! Conclui o meu amigo.

Achei interessante a sua reflexão, pois revela a nossa face.

O mundo do trabalho é de fato meritocrático. Não se faz do trabalho uma fonte de vida, mas uma forma de diminuir um diante do outro.

O mais forte, o mais doutor, o mais rico, o que só pensa no lucro, tudo isso não faz diferença em um eventual Reino de Deus. Os últimos sempre serão os primeiros e os primeiros sempre serão os últimos.

A lógica será sempre a vida em abundância para todos, por isso que não dá certo no tipo de sociedade que vivemos.



Aldeir Ferraz

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

JANELA




Escuro é o quarto quando a luz se apaga.

Nessas trevas que encontro meu descanso, meu repouso do corpo, meu repouso da alma.

Um terço do tempo que ali estou, desligado de tudo, me recarrego.

Apenas o que me liga ao mundo é a brisa que adentra pela janela e balança as cortinas.

Esta mesma janela que permite o contato exterior com meu instantâneo inconsciente é que matutinalmente me desperta.

Minha janela, sim, dela vibra a energia que me traz a calmaria e também o meu despertar.

Das frestas, os fachos de luz tocam meu corpo e milhares de pontos podem ser vistos a olho nu, como se fossem seres alados minúsculos depositando em mim todas as energias do mundo.

Ergo-me do meu colchão e logo permito a minha janela,rompendo seus trincos, que me apresente ao novo dia que chegou.

Minha janela, a anfitriã que me convida para mundo, que me chama dizendo que lá fora tem um futuro a desbravar.

Que venha o novo dia, todos os dias pela minha janela.

Que cesse os dias, todas as noites em minha janela.



Aldeir Ferraz


domingo, 16 de agosto de 2020

VELHA BENGALA

E o ponteiro do relógio gira, meu tempo avança.
Já não posso mais dizer que o tempo corre, aliás, já não corro mais, já não ando mais.
Preso a uma cadeira de rodas e com o corpo quase todo paralisado, resta-me memórias e a compaixão dos meus.
Memórias de caminhos agitados e tantos afazeres, era tanta correria que não dava conta.
Viver era o que mais sabia fazer.
Hoje meus passos esqueceram de mim e cá estou, tudo que é perto é distante agora.
Outro dia,na sala, sozinho com meus pensamentos, avistei bem no cantinho minha velha bengala. Antes do inicio do meu clausuro, era com ela ainda que lutava pra ficar em pé. Foi minhas últimas forças que compartilhei .
A velha bengala me acompanhou por um bom tempo, agora estamos encostados. Eu aqui, ela lá.
De vez em quando peço para segurá-la, tento firmar minha mão e me erguer, mas, nada.
Sabe, percebo que ela torce por mim, pois dela emana um sinal que parece dizer:
" Vamos você consegue, vamos caminhar juntos! "
E fico aqui agora com minha trilha sonora, junto a minha velha bengala, ouvindo a velha canção do Barrerito.
Meus passos onde estão os meus passos?
Que esqueceram meu corpo
Que é levado nos braços
Meu Deus um pedido eu queria fazer
Se um dia o senhor me atender
Devolva meus passos.

Aldeir Ferraz

sábado, 15 de agosto de 2020

O PREÇO

Como se Forma o Preço de um Produto

Desde adolescente tenho como principal ocupação o comércio alimentício, antigamente dizia-se comércio de secos e molhados.
Já passei por vários momentos de fase ruim e boa de vendas. Tempos de inflação e de estabilidade.
Em todos estes tempos percebia a movimentação que era feita no valor de um produto.
O correto de dar preço em produto deveria ser o custo da sua produção até entrega para o consumidor final, mais impostos. Mas outros componentes tem sido agregado a ele.
Investidores das empresas produtoras cobram o seu naco, a publicidade tem feito também o crescimento no custo e cada dia surge mais um fator alheio a cadeia produtiva elevando o valor.
Arrisco em dizer que um produto que custa um real pronto, o seu valor dobra com os pinduricalhos.
O interessante é que também existe o custo psicológico que pode elevar ou baixar um valor.
Este custo psicológico é formado por jogadas de boatos e analistas de plantão que fazem previsões economicas que nunca se efetivam, mas que faz seus estragos.
Tem muita gente que ganha dinheiro com isso.
E quem mais se ferra com isso? Advinha?

Aldeir Ferraz

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O USO DO CACHIMBO FAZ A BOCA TORTA



É bom que sempre possamos fazer a reflexão do tempo em que estamos vivendo e qual nosso papel neste contexto.

Estamos fracassando como sociedade e a deformidade evidente me faz remeter ao ditado popular:

“O uso do cachimbo faz a boca torta”

Estávamos acostumando a um cenário de desenvolvimento e crescimento da renda em passado recente, onde tínhamos um norte de nação focada no futuro, mas com o pé no presente, momento em que concluo que elevamos nosso grau de arrogância e as bases do avanço econômico e social degringolou.

Nesse ditado que citei, o cachimbo é a arrogância que começamos a usar quando o caminho estava belo e radiante, dava pra ver no rosto de cada um de nós brasileiros e brasileiras. Porém, agora que nos afligimos com um cenário de morte, onde uma pandemia vai nos adoecendo e matando, continuamos com o cachimbo da arrogância cada vez mais nos deformando.

O rosto de nossa sociedade está cada vez mais irreconhecível e não mudamos de jeito.

O discurso do novo normal virou hipocrisia, pois as atitudes estão fechando qualquer porta de razoabilidade. Se temos dois lados nesta história, tanto um como o outro esborrifam a fumaça do cachimbo que nos destrói.

Agora convivemos com alta de preços, queda na renda e o deus-mercado celebrando lucros exorbitantes.

No espelho da nossa consciência nos vemos agora como monstro com a boca cada vez mais torta.



Aldeir Ferraz

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

OS SANTOS VIVOS


Como o amor e a caridade dos Santos Vivos nos faz refletir.

Nos cultos e celebrações religiosas geralmente se faz uma referência a alguns homens e mulheres do passado que tiveram uma vida dedicada ao próximo e que após suas mortes, tornaram-se santos.

Muitos destes santos passam a ganhar devotos que atribuem a eles milagres e o apego as orações e pedidos de intercessão a Deus se multiplicam.

Agora, porém, ainda existem mundo afora, entre nós os santos vivos, que tem uma vida voltada a fazer o bem de forma instintiva.

Os santos vivos, na maioria das vezes estão em lugares miseráveis e junto ao povo mais excluído. Aqueles seres humanos renegados pela sociedade contam com os santos vivos para aliviarem suas dores.

Drogados, mendigos, presos, doentes…enfim, tudo que nos incomoda e optamos por afastar ou apenas comentar a distância, encontra em alguns o acolhimento humano.

Sinto-me pequeno diante da grandeza e desprendimento das ações de amor e caridade destes santos.

O Brasil contemporâneo pode vivenciar muitos destes santos, um deles é, sem dúvida, irmã Dulce, que viveu entre nós e fez o que deveríamos fazer sempre, amar o próximo, sem nada obter em troca.

Outros santos vivos estão partindo e abrindo uma lacuna que precisa ser preenchida, pois a messe é grande e os operários são poucos.

Precisamos de muitos santos entre nós.


Aldeir Ferraz

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

LINDA JUVENTUDE


Juventude, viva intensamente a sua. Eu vivi, eu sonhei eu amei…

Hoje não tenho mais a idade juvenil, não tenho mais os ares de energia daqueles tempos, mas como foi bom, insisto em ter.

Quando os cabelos começam a ficar brancos, busco longo uma tinta;

Quando uma ruga surge, a pele já não se faz mais lisa, uso todos os cremes que surgem a minha frente;

Quando a barriga desponta e o físico não é mais resistente, corro para academias e caminhadas.

Não é fácil aceitar que tudo ficou para trás e que um novo ser surgiu em mim.

As razões dominam a vida, muito mais do que as emoções de outrora.

Acaba que a vida avançando no caminho tornamo-nos aqueles chatos moralistas que sempre nos espezinhavam na mocidade.

A vontade é tanta de voltar que até a essência abrimos mão. No sexo sonhamos com as quantidades e deixamos os amores e paixões de lado. Bebemos o vinho não para viajar, mas para se anular, ouvimos a canção para chorar, para sentir saudade e não para sonhar.

É assim mesmo, por isso insisto que viva a sua juventude, beba da água-viva que está em sua fonte.

Aqui em meu tempo resta-me aprender a viver com que a vida me oferece e quem sabe daqui mais algumas décadas possa dizer também:

Esse tempo de quarentão que era bom!

Viva a sua idade, seja qual ela for.



Aldeir Ferraz

sábado, 8 de agosto de 2020

O DIA DE (S)TER PAI


Não! Não quero falar do pai. Quero falar de quem tem e de quem gostaria de ter pai.
Quem tem, no orgulho procura se escorar ou mesmo busca fazer com que ele tenha orgulho, que ele te entenda, que ele ache você sempre o melhor.
Muitas vezes isso  é conflitante, pôxa meu velho não me entende.
Quem gostaria de ter um pai neste domingo. Todos que hoje não têm, mesmo que diga que não, sim! Gostariam de ter.
Tem a saudade do que já não vive mais. Tem a raiva do  que não se faz presente. Tem a frustração do que nunca existiu. Tem tudo, mas o pai não tem.
Não dá pra dizer que tá tudo bem, que não liga pra isso. No fundo algo corroi.
Ter um pai sempre, tê-lo neste domingo e não ter, faz diferença, doi sem doer ou doe mesmo.
O dia de ter um pai talvez nos ensine a ser um.
Se você não tem ou se você tem, aprenda a ser, pois qualquer um precisa ter um pai.
Como na música que diz: 
Você faz parte deste caminho, que hoje eu vivo....PAI.

Aldeir Ferraz



sexta-feira, 7 de agosto de 2020

IRMÃ MARISA COSTA, UMA LUZ DE DEUS


Uma fonte de luz, é assim que defino Irmã Marisa em minha vida.

Aquela pequena mulher, de olhar simples e que tinha seus passos firmes junto a nós em todas andanças nas comunidades.

Lá na Pastoral da Juventude, nas Comunidades Eclesiais de Base, na formação de Associações de Moradores, Pastoral Operária… estava ela, a servir, a orientar.

O Deus de Irmã Marisa sempre estava entre nós. Não, definitivamente não estava nos altares.

Interessante que antes de conhecê-la, era pra cima, olhando no céu que enxergava a presença divina, mas aos poucos e com a sua sabedoria passei a ver de fato o rosto do criador no pobre, no injustiçado, naquela mulher trabalhadora, naquele homem trabalhador, na simplicidade das comunidades.

Nossas mudanças nunca acontecem por si, é preciso que tenhamos pessoas ou anjos como queiram ao nosso lado, a nossa frente e até como sombra levando as certezas dos caminhos.

Quem na vida sempre foi luz, na eternidade sempre será luz.

Em tempos de desconstrução humana, a ausência de mulheres como Irmã Marisa é sem dúvida uma perda, mas o seu legado, cabe a nós que ainda estamos por aqui levar a outros tantos que não tiveram o sabor da sua convivência.

Que sua luz esteja sempre presente entre nós.

Irmã Marisa, Presente, Irmã Marisa Presente!



Aldeir Ferraz

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

CARTA APOIO

Ubá 06 de agosto de 2020

A distância destes tempos de pandemia impedem o nosso convívio social. Reuniões, encontros, conversas mais próximas têm sido evitadas para nosso bem. A saúde agora vale todo nosso esforço contra este mal chamado popularmente de Corona Vírus.

Isto tudo está acontecendo em um ano muito importante para nós, como sociedade, pois chega o momento em que através de um processo eleitoral definiremos os representantes do legislativo e o novo chefe do executivo.

Desde a década de 80, ainda adolescente participo da vida comunitária e politica. Em movimentos de juventude, comunidades de base, partidos políticos e também no meu trabalho, cresci como cidadão e evolui na minha esperança de um mundo melhor.

O ator Grande Otelo em uma cena de novela antiga disse que a esperança é uma seriema, quando quase a alcançamos, suas pernas longas se apressam e não conseguimos agarrá-la, mas jamais pararia de ir em sua direção.

Esta esperança sempre a persegui e como o nosso ator procuro na espera confiante alcançar.

Considero a politica a estrada a seguir e perseguir a tão desejada esperança.

Na minha vida tive a felicidade de contribuir na politica para transformar a realidade de forma positiva.

Tenho a tranquilidade de muitos testemunhos positivos daquilo que fiz ao longo da minha vida pública.

Agora assumo mais um desafio, estou hoje como pré-candidato a vereador em um projeto amplo que busca resgatar o modo de governar nossa cidade como foi no período da administração do Vadinho.

Além de colocar meu nome como pré-candidato a vereador, também defenderei a pré-candidatura a prefeito do Vadinho para que ela se torne realidade.

Queria neste contexto contar com seu apoio e simpatia nesta jornada que assumi. Espero após este momento de pandemia dialogarmos mais sobre as esperanças para nossa cidade.

Um abraço fraterno e que Deus ilumine os nossos caminhos.



Aldeir Ferraz


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

ENERGIA 220

No ínicio de agosto de 2017, começava uma nova história na cidade Ubá e também em minha vida. O Atacarejo Martminas era inaugurado. Mais do que um empreendimento, esta empresa se tornou parte do povo ubaense e da região.
Ubá, em um determinado tempo possuia vários atacados importantes, como o armarinho Santo Antônio e infelizmente perdemos esse segmento da economia, após sequências de crises. 
A inauguração do Martminas aqui, resgatou essa vocação regional da nossa cidade e nossa economia passou a movimentar o atacado com mais robustez. Vários comerciantes daqui e de toda região têm frequentado nossa loja e realizam bons negócios, proporcionando desenvolvimento econômico a nossa comunidade.
Desde que comecei a trabalhar, também me desenvolvi como profissional e claro, tenho me tornado uma pessoa melhor a cada dia com a relação que tenho com cada um que trabalha.
A nossa equipe de trabalho é fantástica, todos procuram se desdobrar para que esta loja dure por muito tempo entre nós.
Cada um, mesmo começando com pouca experiência adquire o espírito de equipe e entra no clima na voltagem 220.
A loja Ubá é identificada na rede como 220 e é assim que somos em forma de energia.
Que possamos ter mais anos de trabalho e crescimento, fazendo com que Ubá continue com sua vocação de polo, que nossa região da Zona da Mata se torne cada vez mais progressiva e nós, povo de luta e trabalho possamos sempre orgulhar das coisas boas que acontecem.
Salve a todos da equipe Martminas Ubá, a loja que é 220.

Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...