sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

MARCAS DO QUE SE FOI (PARTE 02)

 A história nos conta que foram os índios que ensinaram aos colonizadores a tomar um banho, ser mais cuidadoso com a higiene pessoal.

Nos dias atuais contamos com uma infinidade de produtos que nos garantem nossa higiene, mas não era assim em décadas passadas.

Lá no inicio do armazém Ferraz existia produtos de higiene pessoal que eram adquiridos pela freguesia.

O interessante que o produto adquirido mostrava qual sua posição social econômica.

O sabão por exemplo, a marca coringa, um sabão preto era comprado pelos mais pobres. O sabão verde da marca radical era comprado pelos mais remediados e o sabão brilhante (azul e cheiroso) era para os ricos.

O sabonete gessy era do povão, o lux dos remediados. O sabonete Phebo, Francis e lux luxo era dos mais ricos.

Tinha uma situação diferente com o sabonete francis de caixinha. Ele servia como presente, quem nunca ganhou ou deu um de presente?

Os perfumes eram uma beleza, pois naquele tempo era moda andar muito cheiroso, atraía namoro e espantava mosca.

Desodorante Phebo, Rexona, Musk, almíscar, Leite de Rosas, Leite de aveia Davene....

O almiscar era muito usado por padres, lembro do Padre Raimundo que nos abraçava com sua batina e aquele perfume ficava empregnado na gente por muito tempo.

O perfume musk era do tempo que nós homens andavamos com a camisa meio aberta pra mostrar o cabelo do peito perfumado. Na verdade morríamos de inveja do Tony Ramos.

O cabelo era lavado com sabão de côco e os mais abonados usavam creme rince, neutrox, shampoo colorama e para os cabeludos tinha o gel, oleo de ovo e babosa.

Na pele pra tirar alguma frieira tinha pomada minancora, o polvilho antisepico para o chulé, dava pra colocar maizena também.

Por fim não podia faltar neocid que matava bastante piolho.

Aldeur Ferraz


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