quinta-feira, 30 de julho de 2020

NÃO PERCA ESSA

Liquida tudo, grande oferta, desconto pra toda família, promoção imperdível,quer pagar quanto? 
Somos provocados todos os dias a consumir, mesmo sem a necessidade de consumir. São preparadas ações que ativam nossos desejos e corremos pra lá. Black Fridays, semana das mães, das crianças, natal, liquida tudo... Sempre estamos atraídos nessa selvagem lógica capitalista.
O negócio precisa ser movimentado e muita gente tem que se aglomerar para comprar.
Aglomerar, aí que tá o problema agora. A pandemia tem provocado pânico nos estratégistas do consumo, pois não aglomerar é hoje a única arma para vencer o inimigo corona virús.
As empresas precisam se reinventar na busca do lucro pra manter seus clientes vivos. Durante um bom tempo ainda teremos que evitar as aglomerações e não vai dar pra fazer o liquida tudo, a onda agora é o liquida sem liquidar ninguém.
Não acredito que um novo modo surja
nestes tempos, mas as adaptações já estão a caminho, pois nosso DNA consumista será dificil de acabar.
Sem filas, sem aglomerações, sem corre corre, sem desespero, como haveremos de satisfazer nossos vícios de consumir?
Hoje tem oferta? E agora?

Aldeir Ferraz

quarta-feira, 29 de julho de 2020

UM GUERREIRO DE PÉ

Um guerreiro de pé, assim imaginei e tive a esperança que aconteceria.
Um inimigo invisível que tem nos confrontado,que tem tombado alguns, deixando amigos e familiares em aflição.
Somente quem tem uma pessoa próxima é que sabe dizer o quão é desafiante esta pandemia. Dizem que vai passar, mas que coisa que não passa, que coisa que traz tanta dor.
Mas é bom ver um dos nossos vencendo esta batalha, pois nos resgata a fé, nos resgata a esperança e principalmente nos move para a solidariedade.
Todos nós que acompanhamos estes dias de angústia, certamente estivemos adoecidos também, mas a energia de cada um fez construir uma força capaz de enfrentar este inimigo quase invencível.
Seja bem vindo após esta batalha Tio Deguinho, estamos radiantes desta vitória contra este tal corona virús.
Viva! Viva! Viva!

Aldeir Ferraz

terça-feira, 28 de julho de 2020

NOSSAS DORES

Quem nunca sentiu uma dor? Certamente em algum momento ou agora mesmo uma dor provoca uma reação em alguém.
As dores que surgem em nossas vidas podem ser físicas ou espirituais, tanto uma como a outra pode gerar traumas que vão para a vida toda.
A dor física, segundo os entendidos sobre saúde é um alerta do corpo que algo não está bem. Uma dor de cabeça por exemplo pode ser originada de outras partes do corpo e um socorro médico pode apontar o remédio adequado para sanar o sofrimento.
A dor espiritual tem também sua complexidade que até afeta o corpo. Hoje em dia temos a psicologia que busca a intervenção adequada para estas questões.
O fato é que nossas dores quando chegam, chegam no momento em que não estamos preparados. Isso nos leva a uma frustração de viver, um desânimo, uma sensação de derrota que contribui para que aquilo que aflige tome conta do nosso ser.
Vencer uma dor não é fácil, ainda mais quando não esperamos por ela e sempre não esperamos por ela.
Toda ajuda é necessária para superar uma dor, portanto se você presenciar alguém sofrendo, respeite, tenha compaixão ajude no que for possível, seja solidário, pois certamente um dia será sua vez de encarar a tão temida dor.

Aldeir Ferraz

domingo, 26 de julho de 2020

COLO DE VÓ

Santa Ana que me desculpe,mais a minha vó que vou celebrar hoje.
Tem coisa melhor não, casa de vó.
Casa de vó tem cheiro diferente, tem sabor diferente, tem olhar diferente, casa de vó é uma delícia só.
Lá tem tanta coisa e tem o melhor, a minha vó. Minha mãe fica até com ciúmes, mas é no colo dela que gosto de ficar.
Ela faz doce, faz café, dá refrigerante, sorvete, comida gostosa, ôba!
Uma semana com vovó e não tem jeito, engordo mesmo.
Toda Vó deveria ser eterna, sempre tá ali pra nos defender. Se mamãe fica brava, vovó me protege, se estou triste e chorando vovó enxuga minhas lágrimas.
Quando fico doente, vovó acode antes do médico.
Acho que Deus inventou primeiro as vovós e depois veio as mamães.
Viva a todas mulheres vovós de cabelos brancos ou não!

Aldeir Ferraz



sexta-feira, 24 de julho de 2020

O MUNDO DOS "IN" CERTOS

 O diálogo que produzimos nos tempos atuais tem vindo com certezas baseadas no que interpretamos delas ou dos que outros interpretam por nós.
Cada vez existe menos oportunidade para o meio termo.
Essa forma de sermos, de acharmos que certo é a nossa certeza, nos afasta uns dos outros. Passamos a tratar quem pensa diferente como inimigo e muitas vezes tampouco tivemos alguma amizade com o próximo que queremos  ver distante.
Já fui vitima e vilão nessa situação das tais certezas. Parece algo involuntário.
Claro que são perspectivas diferentes, mas no futebol ser flamengo e outro ser vasco, quase se obriga a rivalidade pessoal. Na politica ser PT e no outro lado ser PSDB, quase que uma cultura do ódio produz uma arrelia.
Já criei muita inimizade por politica, hoje procuro refletir mais, pois as nossas certezas não são plenas, pode ser que lá na frente as coisas mudem e a sua verdade já não seja tão verdade.
Algumas posições politicas que assumi fez com que algumas pessoas me virassem a cara ou até mesmo criassem uma certa perseguição. Sei que isso vai mudar lá na frente e minha energia não pode se esvair nas incertas certezas que teimamos ter.
Por isso prefiro diferentemente de antes, oferecer flores ao invés da espada aos que tem seus pensamentos diferentes dos meus.
Paz e Bem

Aldeir Ferraz



terça-feira, 21 de julho de 2020

UM MINI CEASA PARA UBÁ E REGIÃO


Com a implementação do Banco de Alimentos na cidade de Ubá, na Administração do Vadinho, novas politicas voltadas para a agricultura começaram a se desenhar e uma luz neste importante setor passou a se evidenciar.

A feira agroecológica que ainda hoje está em atividade é um exemplo que tem dado passos importantes em relação a segurança alimentar em nosso município.

A aquisição de produtos do pequeno agricultor para escolas, creches e entidades da assistência social tem também sustentado a economia rural.

A feira municipal, já antiga e tradicional, um patrimônio municipal que aos domingos e quartas-feiras, também é um importante espaço econômico (neste período de pandemia com restrições ao galpão da feira).

Nossa região ainda persiste uma economia importante de produção no meio rural e isso pode nos ajudar a superar a crise no pós pandemia.

Temos em Ubá, como em outras cidades vizinhas pequenos e médios comerciantes atacadistas que buscam em Belo Horizonte e Juiz de Fora, frutas, legumes e verduras para serem negociadas no varejo daqui.

Na outra ponta ou no ínicio desta ponta o produtor rural da região vende para as centrais de abastecimentos de BH e JF.

O que podemos diagnosticar é que muitos produtos negociados pelos atacadistas e vendidos aqui são de produções locais.

Mexerica, banana, manga, laranjas, pimentão, abóbora,cebola, batata, verduras diversas .. Tudo isso e muito mais podem ser vistos em nossa zona rural, mas também podemos ver áreas sem produção, ai que podemos enxergar as oportunidades.

Um arranjo local com apoio da Prefeitura pode abrir espaço para o crescimento econômico e geração de emprego e renda.

Se tivéssemos aqui um posto de comercialização, um mini CEASA, certamente poderíamos elevar o patamar de desenvolvimento deste importante setor que é a agricultura.

Estou falando de milhões de reais que podem girar nossa economia e se focarmos nisso haveremos de criar mais um importante polo.

Vale a idéia, vale a defesa deste caminho.

Abraços

Aldeir Ferraz




sexta-feira, 17 de julho de 2020

CHICO ENCONTRO E PARTIDA

Macacooo! Ecoou o grito no meio da mata. Das árvores os bandos se esplaram em fuga. Da espingarda do caçador uma bala dispara e derruba de cima de um galho uma mamãe macaca. Foi fatal, seu corpo estirado no chão e junto a ele o seu filhotinho que ainda amamentava no peito daquele ser já sem vida.
Aquele homem sem piedade colocou sua caça no ombro e seguiu. O pequeno macaquinho foi junto, grudado em sua mãe.
No Marajó no fim da tarde, quem teria que pegar o barco para o continente já se aglomerava. No esbarra daqui,esbarra dali, Rômulo se depara com o caçador e aquela cena do filhotinho de macaco junto ao cadáver de sua mãe, lhe toca. Não pensou duas vezes. Pediu para que ficassse com o pequeno orfão. De coração ruim, o caçador só aceitou a entrega mediante a paga de R$50,00.
Rômulo pagou e pra casa levou aquele serzinho que passou a chamar Chico.
Chico cresceu e virou da familia, econtrou um lar depois da dura partida de sua mãe. Andava de moto, comia na mesa junto com todos, dividia a cama com seu protetor.
Mas a vida é cheia de encontros e desencontros e um dia Rômulo precisou se mudar. Em busca de trabalho já não podia ficar e também seu amigo não podia levar.
Chico foi levado para um outro lar, até que um dia pudesse reencontrar seu amigo Rômulo.
Rômulo não podia levar seu Chico na mala, mas carrega ele no seu coração, na sua memória e também em uma tatuagem que mandou fazer daquele que um dia encontrou e ficou marcado pra sempre na sua vida.

Aldeir Ferraz

terça-feira, 14 de julho de 2020

BARULHO

Madrugada e ele olhou para despertador após acordar palpitante, eram 03:00 da manhã.
Acordou com um barulho. Mas que barulho era aquele? Rodou pela casa, abriu a janela, olhou a rua vazia, nada, nem uma alma vagava por perto.
Estranho! Volta para a cama e sua esposa dormia, seus filhos também. Deitado tenta fechar os olhos e voltar a dormir,mas arregalá-se com um olhar para o teto do quarto. Um zunido que não era de inseto começa a surgir e um girar estonteante toma sua cabeça.
O barulho que o acordara vinha de dentro, sua mente estava pertubada naquela noite.
A insônia surgida te provocava incômodo e nada fez-lhe acalmar.
Pensava, pensava e se perguntava, o que te fez se incomodar?
A divida que não cessa? O emprego que está por um triz? O país sem esperança? Os desamores da vida?
Oh! Noite cruel. Oh! dia que não chega.
Ele precisava se libertar daquilo tudo, parecia que iria explodir.
Foi ao banheiro, ligou o chuveiro e chorou. Suas lágrimas escorriam junto com as gotas do chuveiro para o ralo.
Saiu desconsolado para a sala e sentou no sofá, distante de tudo de repente começou o seu corpo a esquentar. Uma calma logo lhe surgiu. O que aconteceu? O que fez lhe acalmar.
Sim! Foi isso mesmo, um abraço, vários abraços. Naquele momento ali estava junto a ele sua familia para lhe apoiar.

Aldeir Ferraz


sexta-feira, 10 de julho de 2020

UM PRESENTE PARA O FUTURO

Fui provocado por um leitor assíduo de meus textos a escrever sobre um presente para o futuro e neste mesmo momento recebi uma fotografia antiga de meus avós paternos, enviado por minha irmã. Ao iniciar a construção da idéia na minha cabeça, vejo uma frase em uma página na rede social de uma pessoa que muito admiro e lhe tenho amizade. Estava escrito lá: " Havia mais futuro no passado".
Olhando a fotografia começo a refletir sobre os costumes da época e comparar com a realidade e a conclusão é rápida, tudo mudou muito. Penso que algumas situações estão até melhores que antes, mas também outras não.
Mas o meu propósito não é fazer comparação e sim dar a resposta de qual presente que temos para o futuro. Nada melhor nesta questão do que buscar no passado qual o presente que desfrutamos no presente agora.
Meus avós paternos,  recém casados deixaram a foto de uma viagem após casamento a Juiz de Fora e nesse passeio imagino que jamais poderiam prever a grande familia que hoje existe. Claro que diante do padre juraram muitas coisas e entre elas enfrentar tudo na vida juntos.
A familia cresceu, se multiplicou e cada um foi para o seu destino. Ninguém dos herdeiros deste casal levaram contigo fortunas materiais, pois meus avós não possuiam grandes posses, mas levaram para suas histórias o que aprenderam com o ensinamento que tiveram que são os principios e valores do bem.
Talvez a resposta que posso dar hoje sobre qual o presente podemos dar para o futuro seria o que os meus avós deram. Continuar a trilha do bem é o que devemos para as próximas gerações.
Espero que daqui a uns cem anos alguém possa dizer de uma fotografia de hoje, eles deram a bondade e o amor, presentes que nunca se acabam.

Aldeir Ferraz

quinta-feira, 9 de julho de 2020

UM BOM DIA

É comum diariamente recebermos uma saudação de "Bom dia".
Este desejo do próximo para conosco pode provocar uma mudança no seu dia a dia, ou seja uma energia que te conduzirá até ao entardecer.
Essa coisa de um bom dia depende muito do que estamos determinados a fazer? Podemos dizer que sim e também acrescentar a necessidade de uma força maior que nos energize.
Creditamos a Deus a força positiva que recebemos quando tudo dá certo e isso é bom, pois temos aí a consciência da sua presença.
A força de Deus é bom lembrar que é enviada a todos nós, todos os dias, mas como explicar os dias ruins? Ausência de Deus? Penso que não. 
Deus está sempre presente, a questão é que nem sempre nos fazemos presentes.
Entender a nossa conexão com Deus e o universo pode ajudar a explicar isso. Somos parte de um grande universo conectado, ligado vida por vida.
Haverá sempre bons dias e dias ruins, temos que compreendeer isso e celebrar o que acontece de positivo e adquirir experiência com o negativo.
Viva os bons dias! Tenhamos um bom dia! Vamos a vida.

Aldeir Ferraz



terça-feira, 7 de julho de 2020

ASSOMBRAÇÃO



A reza já havia se encerrado na capela e na venda a beira do balcão a moçada  terminava a última prosa com os mais velhos do arraial.
O balconista enchia o meu copo com o litro de cachaça que se esgotava daquela noite.
Deixei a Venda com o dono fechando as portas, já não tinha mais ninguém na rua.
Montei no meu cavalo e segui a estrada rumo a minha casa e no caminho fui deixando as úlimas luminárias dos postes para trás, somente a poeira e o trote do meu cavalo me seguiam.
O vento frio que entrava por dentro de minha roupa fazia com que apertasse o passo pensando na coberta quente que me aguardava.
O silêncio da estrada se contrastava com as matas e canaviais se movimentando com a ventania.
Uma pomba trucal rompe de um tronco caído e seu vôo rasante provoca uma aceleração nas batidas do meu coração.
As palhas do canavial não cessavam seu barulho de movimentação.
Aquela estrada, aquela noite, tudo parecia ter olhos e respiração.
A cada metro seguindo era arrepiante.
Em uma curva passa de galope um pequeno animal que não consegui identificar, mas certamente ele estava assustado como eu, a demora de chegar já me incomodava.
Os pensamentos me incomodavam.
Eis que em uma reta lá de longe uma  árvore seca iluminada pela Lua fez com que meu cavalo parasse,  ele se assustou, algo de estranho tinha a nossa frente.
Insisti para que continuasse e devagar fomos aproximando, aproximando e notei   que algumas folhas de embauba que balançavam é que incomodaram o meu animal, ufa.
Passamos da árvore seca e uma coruja arregalou os olhos para nosso lado e lá no céu um pequeno meteoro rasgava a escuridão da noite.
Uma casinha velha na beira da estrada era minha nova aflição e ali conta os antigos uma velha senhora tinha morrido de fome ela sempre ficava parada ali pedindo comida.
Se o espírito dela me abordasse, não teria nada para oferecer.
Cutuquei o  cavalo e passamos disparado no local e o pavor era tanto que rezava sem parar e olhando de lado acho que cheguei a vê la.
Finalmente  em casa, aliviado após horas que pra mim foram seculos e aos poucos comecei a  refazer dos medos.
Ainda bem que assombração não existe, não é mesmo?
Aldeir Ferraz

segunda-feira, 6 de julho de 2020

O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO VOCÊ CRESCER

Uma ação de fiscalização no Rio de Janeiro para coibir aglomeração em bares e evitar a contaminação pelo COVID19, chocou muita gente.
Um fiscal foi desacatado ao fazer o seu trabalho. Ao tentar explicar a um casal que questionava a operação, educadamente chamou o homem de cidadão. A mulher retrucou e disse que sua companhia não era cidadão. Era engenheiro civil, melhor do que ele.
Essa agressão arrogante demonstra o tamanho do poço em que estamos.
Este poço sem fim está cheio de um lamaçal daquilo que nós produzimos como sociedade.
Somos forçados desde pequenos a sermos alguém. Médico, engenheiro, advogado, enfim tem que ter "DR" pra ser alguém.
Esse ser alguém, acaba formando pessoas arrogantes, com narizes empinados e dá no que dá.
Não estamos formando cidadãos e cidadãs e o futuro de nação cada vez mais se compromete.
É preciso ter a ciência do nosso papel na construção da sociedade, o que somos nela, seja doutor ou garçom não te faz mais ou menos. Todos temos nossa importância, apesar dos abismos da renda de cada profissão.
Somos gota d'água, somos grão de areia e como tal precisamos sempre nos amar como se não houvesse amanhã.
Menos arrogância, mas humildade por favor.

Aldeir Ferraz

domingo, 5 de julho de 2020

POR ONDE ANDAM

Por onde andam aqueles que em carne e osso não se fazem presentes.
Algum céu azul com nuvens brancas? Em um novo planeta? Em uma estrela brilhante?
Não sei afirmar e responder a esta questão. Onde eles estão?
Suspeito que a presença deles se dá em lugares calmos, ambientes de paz, nos templos silenciosos, onde a oração  surge no calado, apenas no coração e na emoção.
Suspeito que caminham no meio das matas, junto as Iaras, Curupiras, sacis... Lendas pra nós. Será?
Os espiritos se manifestam no canto dos pássaros, no cheiro das flores, na gota do orvalho da manhã.
Suspeito que detestam locais onde existe briga, onde tem intriga, lugar sem amor.
Suspeito que andam por aí, entre nós, quando buscamos a felicidade, a humildade e a solidariedade. Neste momento estão próximos. Dá até para sentir.
O mundo é um só, lá e cá são ambientes que o aconchego aproxima.
Aconchego requer exercitar o verbo amar e trabalhar sempre a paz.
Eles caminham sempre entre nós.

Aldeir Ferraz


O PRÓXIMO POR FAVOR

Bom dia! Boa Tarde! Boa Noite! Assim começa a missão de um operador e operadora de caixa no supermercado.
No chekout os produtos vão passando, entregue pelo casal recém casados. Item por item sendo registrados até finalizar tudo e realizar o recebimento do valor da compra.
Parece fácil, descomplicado, mas não. No caso deste casal que pela primeira vez juntos faziam compras, as perguntas eram constantes sobre os produtos, pois ainda não possuiam experiência e a operadora do caixa tinha que expor seu conhecimento dando dicas.
Outra pessoa que na fila estava,chega também com seu carrinho coloca os produtos para serem passados e puxa uma prosa. Conta sua vida, conta dos problemas e ouve os conselhos da nossa caixa. Sai satisfeita da compra após o bate papo e pagar pelo comprado.
Chega a seguir um senhor mau humorado, reclama da fila, do atraso no atendimento, do preço, do.... Destila todo seu desprazer de vida e a nossa atendente segue firme,mesmo com a úlcera em tempo de explodir com tamanha estupidez. Compra finalizada, aff! Segue a fila.
Assim é o ambiente de trabalho de um "caixa" que sai de sua casa para o trabalho tendo que deixar suas questões para trás e sentar em uma cadeira de frente a uma registradora e atender aos clientes.
No correr do dia surge de tudo e até mais do que relatei. Existe pessoas que chegam carinhosas, estressadas, os espertos que tentam dar golpes... Uma missão que precisa de super poderes.
Tudo isso no final do dia busca-se superar, mas talvez o que mais agonia a um operador de caixa é quando uma trabalhadora vêm com seus filhos fazer a compra do mês e na hora de passar os seus produtos necessários, o dinheiro não dá. É uma cena triste. Ter que devolver itens e ajudar aquela pessoa a concluir sua compra de acordo com sua pequena renda, requer muita empatia.
Se você for a um supermercado para suas compras, seja cordial com o "caixa", isso vai ajudá-lo a superar o dia com felicidade e esquecer por ventura algum espírito ruim que vez ou outra insiste em querer estragar o dia das pessoas.
Viva os nossos operadores e operadoras de caixa! Voltem sempre!

Aldeir Ferraz


sábado, 4 de julho de 2020

MINHA LEI, MINHA QUESTÃO

Sonho impossível, uma canção imortalizada por Maria Bethânia, que tem como um dos autores Chico Buarque nos leva a profundas reflexões.
É minha lei, minha questão... aqui neste pedaço da bela canção aprofundo meus pensamentos. Minha lei, como assim, minha lei, pois lei é um conjunto de normas impostas através de uma sociedade organizada, sendo assim neste contexto, não é minha lei, mas nossa.
Avançando na reflexão dá pra entender que além da lei imposta da sociedade, temos a nossa lei interna, temos a nossa convicção a seguir.
Minha lei, minha questão me impulsiona a seguir o caminho que muitas vezes é contestados por outros.
Existem os que não curtem a natureza, pois curto e tenho conectividade com a mãe terra e nada me tira da cabeça que tenho a obrigação de cuidar e proteger.
Cuidar e proteger é minha lei é minha questão.
Existem os que acham que a meritocracia é que deve reger a sociedade, ou seja existe pobre e rico por capacidade de cada um. Penso que todos devem ter o direito a usufruir dos bens produzidos na Terra, essa minha lei, é minha questão.
Minha lei, minha questão, a sua lei, a sua questão tornam-se lutas e objetivos de vida que nos levam ao caminho do crescimento espiritual, o caminho da paz.
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Quantas guerras terei de vencer pra ter um pouco de paz.


Aldeir Ferraz

quinta-feira, 2 de julho de 2020

SINAL



Quando precisamos comunicar com outra pessoa usamos a fala através da voz ou com gestos.
Nossa comunicação tem várias formas de expressá-la, hora agressiva, hora suave. O jeito de falar provoca reação na pessoa que está ouvindo, então surge ali uma relação que pode ser positiva ou negativa.
Quando nossa presença física neste mundo desaperece, mas o espirito permanece,buscamos formas diferentes de comunicar.
Como espiritos apenas, creio que jamais perdemos o contato daqui. A questão é que nós que ainda estamos em carne e osso, ainda não aprendemos a comunicar com o mundo espiritual.
Alguns sinais nos intrigam quando algo surge, como por exemplo, uma borboleta que do nada começa a nos seguir ou uma flor que parece querer nos falar com sua beleza.
Entender a comunicação espiritual requer muito exercício de libertação do seu eu.
Penso que somos conectados a uma força, como fios condutores que levam eletricidade. Se tivermos desencapados a energia se perde.
É importante todos os dias buscarmos a sintonia com o mundo espiritual, pois eles têm muito a nos dizer do jeito que sabem comunicar, precisamos saber ouvir.

Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...