O inicio do armazém Ferraz era nítido essa opção, pois em frente existia o supermercado Dular, do Zé Machado, que era bastante movimentado, mas muitos preferiam a compra no balcão.
O atendimento no balcão fazia com que as pessoas se fidelizassem, obviamente se o atendimento fosse bom.
O Jesus Cardoso sempre passava por lá para ver como as coisas caminhavam e sempre deixava as dicas. Para ter sempre o freguês de volta dizia ele que tinhamos que embrulhar e amarrar bem, ou seja servir bem, para servir sempre.
O embrulhar e amarrar bem era uma prática corriqueira de enrolar no jornal os produtos pesados na balança em sacos de papel e amarrar bem. Isso mostrava o cuidado e o zelo a compra vendida.
A confiança era algo impressionante, a ponto de sabermos de cor o que cada freguês tinha o hábito de adquirir.
O pessoal do corte de cana, quando era dia de pagamento enchiam as ruas e a faziam a festa. Muitos nem abriam seus envolopes de pagamento. Entregavam direto para nós no balcão e logo diziam para pagar a conta que estava no prego.
No próximo texto vou falar sobre essa relação de confiança que era o fiado.
Aldeir Ferraz
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