terça-feira, 26 de janeiro de 2021

A COISA FICOU FEIA

O final da década de 80 e inicio da de 90 foram tempos terríveis, talvez aqueles momentos poderiam encerrar o projeto do Armazém Ferraz,  podemos dizer que a sobrevivência naquele periodo foi heroica.

A música que mais se ouvia era do Tião Carreiro e Pardinho, A Coisa tá Feia.

 "...Quem tinha mãozinha fina foi parar na picareta
Já tem doutor na pedreira dando duro na marreta
A coisa tá feia, a coisa tá preta...
Quem não for filho de Deus, tá na unha do capeta."

Era literalmente isso, pois o descontrole da economia no Brasil era enorme.

Após a eleição, o primeiro plano cruzado foi abaixo, liberou se os preços e foi uma tragédia, surgiu novos ministros após o Funaro. Passou o Bresser, o Mailson da Nóbrega, Zelia Cardoso, vieram os planos Bresser, Verão, Collor... 

Saiu o Sarney, odiado pelo povo, entrar o Color, o tal caçador de Marajás...

Aqui, longe de Brasilia, a coisa continuava feia. A Usina Rio Branco na falência e com os salários atrasados.

Nos canaviais tinhamos os boia frias que na marmita o que tinha era macarrão branco apenas.

Quem ainda tinha o que comer, 
 dividia com os que não tinham nada.

Lá no armazém o fiado acumulava e a desesperança era grande.

Tivemos naquele periodo o ápice do salário minimo em Cr$ 4639800,00.

Aldeir Ferraz









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