O imóvel onde funcionava o armazém do Jesus Cardoso e do Luis Monteiro foi divido em dois.
O lado maior ficou com o Luis Monteiro e o menor coube ao Armazém Ferraz.
No ínicio da preparação do espaço para a inauguração, os primeiros fregueses já surgiam.
Dona Ivone de Mello, uma professora aposentada, moradora do Bairro São Jorge já logo entrou no armazém, ainda mal tinha mercadoria nas partilheira, entregou uma lista e disse:
"Quando tiver os produtos, separa e entrega lá em casa".
A generosidade dela teve um misto de incentivo e confiança, com isso fez com que a vontade de trabalhar tomasse conta do nosso corpo e alma.
Era toda a semana que Dona Ivone encaminhava sua lista em uma folha de caderno. A escrita era perfeita, letra bonita.
Outro freguês que foi pioneiro e nos incentivou muito era o Fidélis, um senhor negro, baixinho, sempre com um chapéu na cabeça, cigarro de palha ora atrás da orelha e outros momentos na boca esborrifando fumaça, sempre carregava um isqueiro antigo que funcionava com pavio e querosene.
Quando chegava, já alegrava o ambiente. Lembro até hoje da primeira venda que fiz pra ele.
Cinco pacotes de fumo 02 irmâos e 02 barras de sabão coringa.
E assim foi surgindo a clientela, muita gente da roça, muita gente da cidade, muita gente que ajudou no crescimento desta história.
Aldeir Ferraz
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