quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A CARTA


Caneta na mão e uma folha branca na mesa, estava tudo pronto para escrever aquela carta, mas como começar e o que expressar naquele espaço vazio.
Não que estivesse vazio os pensamentos, mas faltava um incentivo para aflorar a inspiração, fazer com que, como nas andanças  as palavras surgissem pelo caminho.
Uma música clássica , uma de rock, uma da MPB coloquei para ouvir e as coisas começaram a se ordenar na cabeça, agora sai.
Mas ainda faltava algo, a garganta pedia uma bebida e lá fui na geladeira, encontrei um vinho e logo levei para a mesa onde a folha em branco ainda esperava por mm.
No quarto a luz um pouco fraca e uma borboleta ou inseto parecido se debatia na lâmpada e uma pequena aranha já se aproximava dela para devorá-la.
Resolvi abrir a janela para  deixar a brisa da noite ajudar na minha tarefa e eis que vejo  a lua toda cheia e estrelas brilhando em um céu limpo de nuvens.
Fiquei ali diante daquela imagem e com um copo de vinho na mão entrei em uma viagem galáctica, pensando nas vidas que possam existir em outros planetas.
De repente o relógio cuco anuncia mais uma hora que vai passando, então olhei para a minha cama e como ela me chamasse fui ao seu encontro.
Ali deitado, com a janela aberta, a lua e as estrelas na minha frente , o copo já com apenas algumas gotas de vinho , a aranha perto da lâmpada já abocanhando a borboleta e  a caneta com o papel em branco na mesa, dormi.
Boa Noite
Aldeir Ferraz

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