terça-feira, 14 de julho de 2020

BARULHO

Madrugada e ele olhou para despertador após acordar palpitante, eram 03:00 da manhã.
Acordou com um barulho. Mas que barulho era aquele? Rodou pela casa, abriu a janela, olhou a rua vazia, nada, nem uma alma vagava por perto.
Estranho! Volta para a cama e sua esposa dormia, seus filhos também. Deitado tenta fechar os olhos e voltar a dormir,mas arregalá-se com um olhar para o teto do quarto. Um zunido que não era de inseto começa a surgir e um girar estonteante toma sua cabeça.
O barulho que o acordara vinha de dentro, sua mente estava pertubada naquela noite.
A insônia surgida te provocava incômodo e nada fez-lhe acalmar.
Pensava, pensava e se perguntava, o que te fez se incomodar?
A divida que não cessa? O emprego que está por um triz? O país sem esperança? Os desamores da vida?
Oh! Noite cruel. Oh! dia que não chega.
Ele precisava se libertar daquilo tudo, parecia que iria explodir.
Foi ao banheiro, ligou o chuveiro e chorou. Suas lágrimas escorriam junto com as gotas do chuveiro para o ralo.
Saiu desconsolado para a sala e sentou no sofá, distante de tudo de repente começou o seu corpo a esquentar. Uma calma logo lhe surgiu. O que aconteceu? O que fez lhe acalmar.
Sim! Foi isso mesmo, um abraço, vários abraços. Naquele momento ali estava junto a ele sua familia para lhe apoiar.

Aldeir Ferraz


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...