segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

APERTOS DA MADRUGADA

Um dia se encerra, já quase noite estou em casa com a família, depois de muito trabalho.
Dentro de casa é aquela peleja, cozinha e sala tudo banguçado, também, não é por menos, quem tem um vulcazinho sabe como as coisas funcionam.
A esposa prepara o jantar e tento ajeitar as coisas, quase em vão.
Banho tomado, jantar saboreado, um tempo na TV e internet e cama, todos, aliás quase todos, êta canseira.
O silêncio dentro de casa,enfim começa, mas do lado de fora ainda persiste a turma boêmia.
O sono já começa a relaxar o corpo que se agitou, mas de súbito o sossego é interrompido.
Algumas dores e mal estar me levam a pertubação e sem lugar para ficar.
Vou ao banheiro, vou a cozinha, vou pra sala e a dor aumentando e junto calafrios.
Minha esposa pergunta se estou bem e como homem desleixado com a saúde respondo de forma dolorida que sim.
Vou a geladeira e pego um remédio que longo tomo e nada de fazer efeito.
Nessa hora dá pra pensar em tudo, vou pra janela, olho para o céu e penso será que São Pedro tá me chamando?
Vou no google para descobrir o que acontece ( não façam isso), corro para banheiro e ligo o chuveiro e tudo de ruím que estava dentro de mim sai para fora.
Chego a uma conclusão, vou parar de jantar, acho que na minha idade não faz bem.
Por fim, já ouvindo o galo cantar, resolvi escrever.
Que susto, fiquei pensando que nesta noite não escreveria mais, apenas quem sabe algumas psicografias.

Aldeir Ferraz

Um comentário:

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