quinta-feira, 11 de junho de 2020

UM ABRAÇO

As manhãs são muito corridas, mecanicamente fazemos o ritual apressado de sair de casa e ir para o trabalho.
Em uma destas manhãs, no ritimo rotineiro da casa para o trabalho, me deparei com uma cena impactante.
Um abraço entre duas pessoas, a lágrima de um e o consolo do outro. Certamente deveria ser algo que rompeu com a estrutura para fazer alguém desabar.
Este desabar, a estrutura rompida, revela o humano que ainda existe dentre de nós.
O abraço é um remédio poderoso que nos ajuda a se manter firme e poder se levantar diante de uma dor.
Somos carentes do calor do outro, mas negamos isso na normalidade. Somente quando algo forte nos afeta é que notamos a falta que faz.
Mesmo não fazendo parte daquele abraço, me senti abraçado, me senti energizado.
Que surjam mais abraços com frequência e resgatem a humanidade que insistimos em negar.

Aldeir Ferraz

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