Há quase duzentos anos, precisamente no ano de 1822, Dom Pedro rompia com a coroa portuguesa e uma nova história surgia aqui nas terras brasileiras. Os laços cortados tiveram um custo que foi pago pelos ingleses. Portugal cobrou a fatura para aceitar a independência e como não tinhamos uma forma de pagar, os ingleses entraram na jogada, pagaram sem pagar, pois os portugueses deviam a Inglaterra. Na prática o Brasil ficou devendo sua dita liberdade a Inglaterra.
Muito antes deste episódio, o Novo Mundo chamado de Américas foi invadido e colonizado. Aqui muito foi saqueado e grande parte do seu povo exterminado. Uma nova sociedade surgiu com mistura de raças e com um conceito europeu do dominio dos endinheirados sobre os miseráveis.
Uma sociedade de castas separava este novo povo e o único objetivo era ter um "rei na barriga". Explorar, explorar para ter estatus, para ser um semi deus.
Tudo era feito para mostrar imponência, desde as casas grandes das fazendas até os palácios nas cidades.
Os indigenas, como foram conhecidos, que eram os povos originários daqui.
Somos descendentes deles, mesmo com muita mistura de lá pra cá, mas caregamos o seu dna.
O DNA dos indios carrega uma cultura diferente do dna europeu, a forma de se organizar não evidência o modelo de ricos e miseráveis, ao contrário pois os frutos da mãe terra devem garantir vida a todos.
Nossa dependência ao modelo colonizador tem nos levado a ruina como povo e caminhamos a passos largos para a morte.
Nossa identidade tem se perdido ao longo do tempo, justamente pelo fato do grito de independência ao modelo que nos foi imposto continua preso em nossas gargantas.
O teólogo Eduardo Galeano, resumi pra mim o momento de reflexão que precisamos ter neste dia 07 de setembro:
A história é um profeta com o olhar voltado pra trás: pelo que foi,e contra o que foi,anunciará o que será.
OU LUTAMOS POR NOSSA INDEPENDÊNCIA OU SERÁ NOSSA MORTE.
Aldeir Ferraz
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
INDEPENDÊNCIA O GRITO PRESO NA GARGANTA
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