terça-feira, 28 de julho de 2020

NOSSAS DORES

Quem nunca sentiu uma dor? Certamente em algum momento ou agora mesmo uma dor provoca uma reação em alguém.
As dores que surgem em nossas vidas podem ser físicas ou espirituais, tanto uma como a outra pode gerar traumas que vão para a vida toda.
A dor física, segundo os entendidos sobre saúde é um alerta do corpo que algo não está bem. Uma dor de cabeça por exemplo pode ser originada de outras partes do corpo e um socorro médico pode apontar o remédio adequado para sanar o sofrimento.
A dor espiritual tem também sua complexidade que até afeta o corpo. Hoje em dia temos a psicologia que busca a intervenção adequada para estas questões.
O fato é que nossas dores quando chegam, chegam no momento em que não estamos preparados. Isso nos leva a uma frustração de viver, um desânimo, uma sensação de derrota que contribui para que aquilo que aflige tome conta do nosso ser.
Vencer uma dor não é fácil, ainda mais quando não esperamos por ela e sempre não esperamos por ela.
Toda ajuda é necessária para superar uma dor, portanto se você presenciar alguém sofrendo, respeite, tenha compaixão ajude no que for possível, seja solidário, pois certamente um dia será sua vez de encarar a tão temida dor.

Aldeir Ferraz

domingo, 26 de julho de 2020

COLO DE VÓ

Santa Ana que me desculpe,mais a minha vó que vou celebrar hoje.
Tem coisa melhor não, casa de vó.
Casa de vó tem cheiro diferente, tem sabor diferente, tem olhar diferente, casa de vó é uma delícia só.
Lá tem tanta coisa e tem o melhor, a minha vó. Minha mãe fica até com ciúmes, mas é no colo dela que gosto de ficar.
Ela faz doce, faz café, dá refrigerante, sorvete, comida gostosa, ôba!
Uma semana com vovó e não tem jeito, engordo mesmo.
Toda Vó deveria ser eterna, sempre tá ali pra nos defender. Se mamãe fica brava, vovó me protege, se estou triste e chorando vovó enxuga minhas lágrimas.
Quando fico doente, vovó acode antes do médico.
Acho que Deus inventou primeiro as vovós e depois veio as mamães.
Viva a todas mulheres vovós de cabelos brancos ou não!

Aldeir Ferraz



sexta-feira, 24 de julho de 2020

O MUNDO DOS "IN" CERTOS

 O diálogo que produzimos nos tempos atuais tem vindo com certezas baseadas no que interpretamos delas ou dos que outros interpretam por nós.
Cada vez existe menos oportunidade para o meio termo.
Essa forma de sermos, de acharmos que certo é a nossa certeza, nos afasta uns dos outros. Passamos a tratar quem pensa diferente como inimigo e muitas vezes tampouco tivemos alguma amizade com o próximo que queremos  ver distante.
Já fui vitima e vilão nessa situação das tais certezas. Parece algo involuntário.
Claro que são perspectivas diferentes, mas no futebol ser flamengo e outro ser vasco, quase se obriga a rivalidade pessoal. Na politica ser PT e no outro lado ser PSDB, quase que uma cultura do ódio produz uma arrelia.
Já criei muita inimizade por politica, hoje procuro refletir mais, pois as nossas certezas não são plenas, pode ser que lá na frente as coisas mudem e a sua verdade já não seja tão verdade.
Algumas posições politicas que assumi fez com que algumas pessoas me virassem a cara ou até mesmo criassem uma certa perseguição. Sei que isso vai mudar lá na frente e minha energia não pode se esvair nas incertas certezas que teimamos ter.
Por isso prefiro diferentemente de antes, oferecer flores ao invés da espada aos que tem seus pensamentos diferentes dos meus.
Paz e Bem

Aldeir Ferraz



terça-feira, 21 de julho de 2020

UM MINI CEASA PARA UBÁ E REGIÃO


Com a implementação do Banco de Alimentos na cidade de Ubá, na Administração do Vadinho, novas politicas voltadas para a agricultura começaram a se desenhar e uma luz neste importante setor passou a se evidenciar.

A feira agroecológica que ainda hoje está em atividade é um exemplo que tem dado passos importantes em relação a segurança alimentar em nosso município.

A aquisição de produtos do pequeno agricultor para escolas, creches e entidades da assistência social tem também sustentado a economia rural.

A feira municipal, já antiga e tradicional, um patrimônio municipal que aos domingos e quartas-feiras, também é um importante espaço econômico (neste período de pandemia com restrições ao galpão da feira).

Nossa região ainda persiste uma economia importante de produção no meio rural e isso pode nos ajudar a superar a crise no pós pandemia.

Temos em Ubá, como em outras cidades vizinhas pequenos e médios comerciantes atacadistas que buscam em Belo Horizonte e Juiz de Fora, frutas, legumes e verduras para serem negociadas no varejo daqui.

Na outra ponta ou no ínicio desta ponta o produtor rural da região vende para as centrais de abastecimentos de BH e JF.

O que podemos diagnosticar é que muitos produtos negociados pelos atacadistas e vendidos aqui são de produções locais.

Mexerica, banana, manga, laranjas, pimentão, abóbora,cebola, batata, verduras diversas .. Tudo isso e muito mais podem ser vistos em nossa zona rural, mas também podemos ver áreas sem produção, ai que podemos enxergar as oportunidades.

Um arranjo local com apoio da Prefeitura pode abrir espaço para o crescimento econômico e geração de emprego e renda.

Se tivéssemos aqui um posto de comercialização, um mini CEASA, certamente poderíamos elevar o patamar de desenvolvimento deste importante setor que é a agricultura.

Estou falando de milhões de reais que podem girar nossa economia e se focarmos nisso haveremos de criar mais um importante polo.

Vale a idéia, vale a defesa deste caminho.

Abraços

Aldeir Ferraz




sexta-feira, 17 de julho de 2020

CHICO ENCONTRO E PARTIDA

Macacooo! Ecoou o grito no meio da mata. Das árvores os bandos se esplaram em fuga. Da espingarda do caçador uma bala dispara e derruba de cima de um galho uma mamãe macaca. Foi fatal, seu corpo estirado no chão e junto a ele o seu filhotinho que ainda amamentava no peito daquele ser já sem vida.
Aquele homem sem piedade colocou sua caça no ombro e seguiu. O pequeno macaquinho foi junto, grudado em sua mãe.
No Marajó no fim da tarde, quem teria que pegar o barco para o continente já se aglomerava. No esbarra daqui,esbarra dali, Rômulo se depara com o caçador e aquela cena do filhotinho de macaco junto ao cadáver de sua mãe, lhe toca. Não pensou duas vezes. Pediu para que ficassse com o pequeno orfão. De coração ruim, o caçador só aceitou a entrega mediante a paga de R$50,00.
Rômulo pagou e pra casa levou aquele serzinho que passou a chamar Chico.
Chico cresceu e virou da familia, econtrou um lar depois da dura partida de sua mãe. Andava de moto, comia na mesa junto com todos, dividia a cama com seu protetor.
Mas a vida é cheia de encontros e desencontros e um dia Rômulo precisou se mudar. Em busca de trabalho já não podia ficar e também seu amigo não podia levar.
Chico foi levado para um outro lar, até que um dia pudesse reencontrar seu amigo Rômulo.
Rômulo não podia levar seu Chico na mala, mas carrega ele no seu coração, na sua memória e também em uma tatuagem que mandou fazer daquele que um dia encontrou e ficou marcado pra sempre na sua vida.

Aldeir Ferraz

terça-feira, 14 de julho de 2020

BARULHO

Madrugada e ele olhou para despertador após acordar palpitante, eram 03:00 da manhã.
Acordou com um barulho. Mas que barulho era aquele? Rodou pela casa, abriu a janela, olhou a rua vazia, nada, nem uma alma vagava por perto.
Estranho! Volta para a cama e sua esposa dormia, seus filhos também. Deitado tenta fechar os olhos e voltar a dormir,mas arregalá-se com um olhar para o teto do quarto. Um zunido que não era de inseto começa a surgir e um girar estonteante toma sua cabeça.
O barulho que o acordara vinha de dentro, sua mente estava pertubada naquela noite.
A insônia surgida te provocava incômodo e nada fez-lhe acalmar.
Pensava, pensava e se perguntava, o que te fez se incomodar?
A divida que não cessa? O emprego que está por um triz? O país sem esperança? Os desamores da vida?
Oh! Noite cruel. Oh! dia que não chega.
Ele precisava se libertar daquilo tudo, parecia que iria explodir.
Foi ao banheiro, ligou o chuveiro e chorou. Suas lágrimas escorriam junto com as gotas do chuveiro para o ralo.
Saiu desconsolado para a sala e sentou no sofá, distante de tudo de repente começou o seu corpo a esquentar. Uma calma logo lhe surgiu. O que aconteceu? O que fez lhe acalmar.
Sim! Foi isso mesmo, um abraço, vários abraços. Naquele momento ali estava junto a ele sua familia para lhe apoiar.

Aldeir Ferraz


sexta-feira, 10 de julho de 2020

UM PRESENTE PARA O FUTURO

Fui provocado por um leitor assíduo de meus textos a escrever sobre um presente para o futuro e neste mesmo momento recebi uma fotografia antiga de meus avós paternos, enviado por minha irmã. Ao iniciar a construção da idéia na minha cabeça, vejo uma frase em uma página na rede social de uma pessoa que muito admiro e lhe tenho amizade. Estava escrito lá: " Havia mais futuro no passado".
Olhando a fotografia começo a refletir sobre os costumes da época e comparar com a realidade e a conclusão é rápida, tudo mudou muito. Penso que algumas situações estão até melhores que antes, mas também outras não.
Mas o meu propósito não é fazer comparação e sim dar a resposta de qual presente que temos para o futuro. Nada melhor nesta questão do que buscar no passado qual o presente que desfrutamos no presente agora.
Meus avós paternos,  recém casados deixaram a foto de uma viagem após casamento a Juiz de Fora e nesse passeio imagino que jamais poderiam prever a grande familia que hoje existe. Claro que diante do padre juraram muitas coisas e entre elas enfrentar tudo na vida juntos.
A familia cresceu, se multiplicou e cada um foi para o seu destino. Ninguém dos herdeiros deste casal levaram contigo fortunas materiais, pois meus avós não possuiam grandes posses, mas levaram para suas histórias o que aprenderam com o ensinamento que tiveram que são os principios e valores do bem.
Talvez a resposta que posso dar hoje sobre qual o presente podemos dar para o futuro seria o que os meus avós deram. Continuar a trilha do bem é o que devemos para as próximas gerações.
Espero que daqui a uns cem anos alguém possa dizer de uma fotografia de hoje, eles deram a bondade e o amor, presentes que nunca se acabam.

Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...