sábado, 23 de maio de 2020

E LÁ SE VAI MAIS UM DIA

Um Café bem quente e fresco de manhã, bolinho de chuva, o canto de um canarinho na varanda, pronto, tudo no jeito para o que vou escrever. 
Há! Também não poderia esquecer uma canção que faça jus ao que tenho a dizer.
Do Clube da esquina, de Flávio Venturini, a canção que touxe agora minha inspiração:
...E lá se vai mais um dia ,e basta contar compasso ,e basta contar consigo,que a chama não tem pavio,de tudo se faz canção e o coração,na curva de um rio, rio...
Parte da letra desta canção é o que hoje me  põe a celebrar mais um tempo da  existência em nossa família, da nossa irmã Maria Celia Ferraz, só Celinha mesmo, tá bom, é assim que todos tratamos.
É muito bom saber que mais um dia como esse assim contamos com sua presença em nossas vidas.
E nos nossos compassos contar com seus passos em forma de aço que nos ajuda sempre a caminhar.
Quem tem sua companhia tem a plena certeza de que como uma chama sem pavio, sua dedicação não tem fim.
E que tudo faz de coração e por isso me inspirei nesta canção.
E que de curva em curva de rios, possamos sempre partilhar e compartilhar nossas dores e alegrias.
Que seu dia de celebrações possa ser de muita energia.
Viva , Viva e Viva!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O FUTURO NÃO SERÁ COMO ERA ANTIGAMENTE

Penso que tudo está muito confuso. Há pensadores  que já constroem um consenso de que nada será como antes, após a pandemia.
Como estamos no olho do furacão, dizer já sobre pós pandemia, soa utópico, pois ainda estamos  nessa situação que parece não ter fim.
Pra dizer que o futuro não será como era antigamente, será preciso convencer as pessoas.
O convencimento talvez tenha que partir do nosso próprio convencimento que nada tá legal, que as coisas estão confusas.
Se pegarmos a história, poderemos ver que avançamos como humanidade a medida que adquiríamos o conhecimento. Hoje, ao contrário, uma parte quer avançar negando o conhecimento, uma espécie de efeito caranguejo.
Esse andar para trás tem que ter uma lógica, se é que tem lógica, por isso é preciso entender de onde viemos e pra onde queremos ir, sem que ninguém fique no meio do caminho.
Parafraseando uma idéia comun a religião:
O Bom Pastor deve ser aquele que deixa suas 99 ovelhas vermelhas e parte pra buscar a ovelha bolsominia desgarrada.
Ser vermelho no contexto de quem defende as causas sociais é a partilha, mas para quem foi rotulado bolsominio é um comunista, sem refletir sobre o que é, apenas uma definição pejorativa.
Ser bolsomimio no contexto de quem defende o tal capitão é a meritocracia, mas pra quem é rotulado de comunista, essa turma é gado, apenas uma definição pejorativa.
É preciso juntarmos como humanidade e tentarmos resgatar o que ainda resta de vida.
Talvez o primeiro caminho seja o diálogo, sem armas.

Aldeir Ferraz

quinta-feira, 21 de maio de 2020

EXISTÊNCIA

É de costume celebrarmos uma vez a cada ano o aniversário. Assim que nascemos aquela data fica registrada e com o passar do tempo vamos recordando,festejando ou apenas meditando o avançar da idade.
Quando o dia festivo chega, recebemos parabéns,abraços, presentes e muitos desejos de felicidades. Há também o desejo de termos muitos anos de vida. A vida, pensada por nós, tem um limite que vai do nascimento até a morte, onde achamos que é o fim.
Acontece que quando nascemos,passamos a existir e a existência não tem fim, pelo contrário, cada um de nós somos únicos, não existirá outro, mesmo que deixemos de habitar este planeta.
A nossa existência é eterna, mesmo que sejamos esquecidos algum dia, a nossa existência tem prevalecência.
Por isso é importante que a cada dia possamos deixar nossas marcas por aqui.
Tem uma música que diz: Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce, obrigado amanhecer.
Este nosso amanhacer diário nos deixa a oportunidade de deixarmos a marca da nossa existência.
Um pequeno gesto aqui feito, será eternizado, então façamos sempre os bons gestos aqui,pois jamais seremos esquecidos, seremos sempre lembrados pra sempre.
O mês maio, na minha família é cheio de aniversariantes que passaram a existir e nunca mais deixarão de existir.
Quero desejar a eles o meu desejo de eternidade sempre, pois jamais serão esquecidos.
Parabéns  aos meus irmãos  Nelsinho, Marquinho, Celinha e ao meu sobrinho Mateus.
Viva a existência, viva a eternidade.

Aldeir Ferraz

terça-feira, 19 de maio de 2020

CAMALEÃO

Mudar de opinião é nos tempos atuais sinal de grandeza, obviamente que após um processo de reflexão diante de uma situação.
Opinar se tornou um cabo de guerra na qual um tenta impor uma verdade sobre outra verdade. A coisa se tornou caótica nesta disputa a ponto de um querer impor a sua mentira sobre a mentira do outro, fakenews.
Neste cenário passamos a ter o camaleão. O camaleão, por interesses próprios acaba criando uma cultura sem identidade. Fica em silêncio e quando fala concorda com o que lhe falam.
Na política isso se torna mais evidente, pois para se manter no poder, parte dos homens e mulheres que se aventuram nessa direção se tornam camaleões.
O camaleão abandona sua cor de acordo com o clima do momento.
Quando disse lá no ínicio sobre mudar de opinião é grandeza desde que reflita sobre ela, não inclui os camaleões do clima, pois suas decisões não levam em consideração o coletivo.
É díficil dizer hoje que o ditado que a voz do povo é a voz de Deus, porque a manipulação desta voz é gritante.
Deus nos desafia constantemente a pensar amplo, pensar além da nossa comodidade, precisamos ser pensadores caminhantes e não estáticos.
Quem sabe assim poderemos romper com o que Nelson Rodrigues deixou como ditado, toda a unanimidade é burra.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

NÃO ESTAMOS SÓS

Madrugada, a janela do quarto aberta e um vento frio me desperta. Encontro coragem e levanto da cama na intenção de eliminar aquela friagem.
Olho pra fora antes de trancar a janela e vejo na escuridão centenas de estrelas, algumas maiores e outras menores.
Naquele momento esqueci um pouco o incômodo vento e meus pensamentos viajaram diante do céu.
A uma distância incalculável aprecio uma pequena luz que piscava e logo me pergunto: Não estamos Sós?
Em um universo gigantesco como crer que apenas aqui exista vida?
Tem momentos que creio que somos vistos por outros, que distante daqui tem uma sabedoria inifinitamente maior.
Acho que eles devem até sentir pena de nós, seres vivos complexos.
Nossa complexidade de formação fisiológica talvez não chegue aos pés da complexidade de relação humana que temos.
Somos observados a distância por seres estupefados e descrentes da nossa forma de conviver.
Não, não ousariam fazer contato com nossa raça. Pelo contrário, devem temer que nós façamos contato com eles. Imaginam serem contaminados com nossa negatividade.
Precisamos evoluir e muito para sermos dignos de habitar este universo, onde certamente não estamos sós.

Aldeir Ferraz

domingo, 10 de maio de 2020

AS MÃES DO MUNDO E A MIMHA MÃE

Todo mundo tem uma mãe. Elas estão presentes em nossas vidas até antes do nascimento e mesmo na eternidade continuam próximas a nos proteger.
Os olhos de uma mãe sempre brilham diante do filho. Mais que um gesto de amor é uma forma de transmitir energia, de trazer paz. É muito mágico quando um recém nascido chora e de repente no colo da mãe e olho e no olho, o pranto cessa.
 Depois que crescemos essa ligação de filho com mäe continua. Quantos de nós já passamos por aflições e tivemos a energia materna para nos amparar?
Cada um teria um caso, mil casos pra contar de mãe pra filho, de proteção, de afeto, de carinho....
Vejo mães nas portas das cadeias, nos hospitais, nas escolas, nas ruas, aonde quer que um filho esteja, estão ali.
Não precisa dizer que é necessário valorizar esse ser. Pare um minuto e faça uma reflexão sobre a história de sua mãe. Mesmo distante, mesmo que algumas lágrimas escorram, encha seu pulmão de ar e diga com orgulho : Essa minha mãe!
A minha mãe, falar dela precisaria escrever um livro. É uma vida de luta, superação, humildade e principalmente fé.
É uma coisa impressionante a fé da minha mãe. Quando penso que a luz do túnel se findou, sempre a sua luz ilumina meu caminho e sigo.
Às mães do mundo e a minha mãe desejo eternidade. Pra mim todas são imortais, mesmo frágeis, são eternas, mesmo que ausentes, são a luz das nossas vidas, mesmo se estamos na escuridão.
Viva! Viva nossas mães, aonde quer que estejam.

Aldeir Ferraz

quinta-feira, 7 de maio de 2020

COLO DE DEUS

Sabe meu Deus. Nem sei por onde começar. Estou com uma sensação de que tá tudo errado, melhor dizendo quase tudo errado.
Eu aqui no seu colo, porque hoje estou precisando dele, queria tirar um tempo para as lamentações.
Sei que com Você,não vou ouvir um "e daí". Aqui no meio de nós, ditos humanos, ouvimos o "e daí" direto e reto.
Já estou me sentindo um estranho diante a sua criação. Os pássaros que celebram a vida todos os dias, a chuva que cai fina, o Sol que aquece, a água que mata a sede, o verde das arvores e as plantas que nos alimentam, tudo isso cumprindo o seu papel e nós aqui só complicando as coisas.
Tem morrido muita gente, outros estão perdendo renda, alguns até caindo em depressão e a resposta simples pra tudo isso teimamos em não buscar. Empatia, isso mesmo, nega-se isso.
Sabe, aqui a justiça ainda prática a injustiça, temos gente ruim nos governando, claro que tem as excessões, mas estes já estam se cansando.
Tá danado. E eu aqui ofegante a lhe falar, talvez coisas que já sabe, mas preciso desabafar.
Estamos como ratos presos em uma caixa, com olhos vedados, um engolindo o outro.
Fico pensando que a humanidade definitivamente deu errado. Não aprendemos com erros e mais erros que cometemos ao longo da história.
Mas é isso aí, temos que tocar a vida e tentar consertar isso tudo.
Obrigado por me ouvir e desculpa pelo tempo que te tomei. No mundo todo existe tanta gente precisando da sua ajuda e aqui neste país, sei lá se é país ainda, te levando a insatisfação.
Valeu! E espero, um dia, poder voltar a seu colo pra falar de alegrias.

Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...