Mudar de opinião é nos tempos atuais sinal de grandeza, obviamente que após um processo de reflexão diante de uma situação.
Opinar se tornou um cabo de guerra na qual um tenta impor uma verdade sobre outra verdade. A coisa se tornou caótica nesta disputa a ponto de um querer impor a sua mentira sobre a mentira do outro, fakenews.
Neste cenário passamos a ter o camaleão. O camaleão, por interesses próprios acaba criando uma cultura sem identidade. Fica em silêncio e quando fala concorda com o que lhe falam.
Na política isso se torna mais evidente, pois para se manter no poder, parte dos homens e mulheres que se aventuram nessa direção se tornam camaleões.
O camaleão abandona sua cor de acordo com o clima do momento.
Quando disse lá no ínicio sobre mudar de opinião é grandeza desde que reflita sobre ela, não inclui os camaleões do clima, pois suas decisões não levam em consideração o coletivo.
É díficil dizer hoje que o ditado que a voz do povo é a voz de Deus, porque a manipulação desta voz é gritante.
Deus nos desafia constantemente a pensar amplo, pensar além da nossa comodidade, precisamos ser pensadores caminhantes e não estáticos.
Quem sabe assim poderemos romper com o que Nelson Rodrigues deixou como ditado, toda a unanimidade é burra.
terça-feira, 19 de maio de 2020
quinta-feira, 14 de maio de 2020
NÃO ESTAMOS SÓS
Madrugada, a janela do quarto aberta e um vento frio me desperta. Encontro coragem e levanto da cama na intenção de eliminar aquela friagem.
Olho pra fora antes de trancar a janela e vejo na escuridão centenas de estrelas, algumas maiores e outras menores.
Naquele momento esqueci um pouco o incômodo vento e meus pensamentos viajaram diante do céu.
A uma distância incalculável aprecio uma pequena luz que piscava e logo me pergunto: Não estamos Sós?
Em um universo gigantesco como crer que apenas aqui exista vida?
Tem momentos que creio que somos vistos por outros, que distante daqui tem uma sabedoria inifinitamente maior.
Acho que eles devem até sentir pena de nós, seres vivos complexos.
Nossa complexidade de formação fisiológica talvez não chegue aos pés da complexidade de relação humana que temos.
Somos observados a distância por seres estupefados e descrentes da nossa forma de conviver.
Não, não ousariam fazer contato com nossa raça. Pelo contrário, devem temer que nós façamos contato com eles. Imaginam serem contaminados com nossa negatividade.
Precisamos evoluir e muito para sermos dignos de habitar este universo, onde certamente não estamos sós.
Aldeir Ferraz
Olho pra fora antes de trancar a janela e vejo na escuridão centenas de estrelas, algumas maiores e outras menores.
Naquele momento esqueci um pouco o incômodo vento e meus pensamentos viajaram diante do céu.
A uma distância incalculável aprecio uma pequena luz que piscava e logo me pergunto: Não estamos Sós?
Em um universo gigantesco como crer que apenas aqui exista vida?
Tem momentos que creio que somos vistos por outros, que distante daqui tem uma sabedoria inifinitamente maior.
Acho que eles devem até sentir pena de nós, seres vivos complexos.
Nossa complexidade de formação fisiológica talvez não chegue aos pés da complexidade de relação humana que temos.
Somos observados a distância por seres estupefados e descrentes da nossa forma de conviver.
Não, não ousariam fazer contato com nossa raça. Pelo contrário, devem temer que nós façamos contato com eles. Imaginam serem contaminados com nossa negatividade.
Precisamos evoluir e muito para sermos dignos de habitar este universo, onde certamente não estamos sós.
Aldeir Ferraz
domingo, 10 de maio de 2020
AS MÃES DO MUNDO E A MIMHA MÃE
Todo mundo tem uma mãe. Elas estão presentes em nossas vidas até antes do nascimento e mesmo na eternidade continuam próximas a nos proteger.
Os olhos de uma mãe sempre brilham diante do filho. Mais que um gesto de amor é uma forma de transmitir energia, de trazer paz. É muito mágico quando um recém nascido chora e de repente no colo da mãe e olho e no olho, o pranto cessa.
Depois que crescemos essa ligação de filho com mäe continua. Quantos de nós já passamos por aflições e tivemos a energia materna para nos amparar?
Cada um teria um caso, mil casos pra contar de mãe pra filho, de proteção, de afeto, de carinho....
Vejo mães nas portas das cadeias, nos hospitais, nas escolas, nas ruas, aonde quer que um filho esteja, estão ali.
Não precisa dizer que é necessário valorizar esse ser. Pare um minuto e faça uma reflexão sobre a história de sua mãe. Mesmo distante, mesmo que algumas lágrimas escorram, encha seu pulmão de ar e diga com orgulho : Essa minha mãe!
A minha mãe, falar dela precisaria escrever um livro. É uma vida de luta, superação, humildade e principalmente fé.
É uma coisa impressionante a fé da minha mãe. Quando penso que a luz do túnel se findou, sempre a sua luz ilumina meu caminho e sigo.
Às mães do mundo e a minha mãe desejo eternidade. Pra mim todas são imortais, mesmo frágeis, são eternas, mesmo que ausentes, são a luz das nossas vidas, mesmo se estamos na escuridão.
Viva! Viva nossas mães, aonde quer que estejam.
Aldeir Ferraz
Os olhos de uma mãe sempre brilham diante do filho. Mais que um gesto de amor é uma forma de transmitir energia, de trazer paz. É muito mágico quando um recém nascido chora e de repente no colo da mãe e olho e no olho, o pranto cessa.
Depois que crescemos essa ligação de filho com mäe continua. Quantos de nós já passamos por aflições e tivemos a energia materna para nos amparar?
Cada um teria um caso, mil casos pra contar de mãe pra filho, de proteção, de afeto, de carinho....
Vejo mães nas portas das cadeias, nos hospitais, nas escolas, nas ruas, aonde quer que um filho esteja, estão ali.
Não precisa dizer que é necessário valorizar esse ser. Pare um minuto e faça uma reflexão sobre a história de sua mãe. Mesmo distante, mesmo que algumas lágrimas escorram, encha seu pulmão de ar e diga com orgulho : Essa minha mãe!
A minha mãe, falar dela precisaria escrever um livro. É uma vida de luta, superação, humildade e principalmente fé.
É uma coisa impressionante a fé da minha mãe. Quando penso que a luz do túnel se findou, sempre a sua luz ilumina meu caminho e sigo.
Às mães do mundo e a minha mãe desejo eternidade. Pra mim todas são imortais, mesmo frágeis, são eternas, mesmo que ausentes, são a luz das nossas vidas, mesmo se estamos na escuridão.
Viva! Viva nossas mães, aonde quer que estejam.
Aldeir Ferraz
quinta-feira, 7 de maio de 2020
COLO DE DEUS
Sabe meu Deus. Nem sei por onde começar. Estou com uma sensação de que tá tudo errado, melhor dizendo quase tudo errado.
Eu aqui no seu colo, porque hoje estou precisando dele, queria tirar um tempo para as lamentações.
Sei que com Você,não vou ouvir um "e daí". Aqui no meio de nós, ditos humanos, ouvimos o "e daí" direto e reto.
Já estou me sentindo um estranho diante a sua criação. Os pássaros que celebram a vida todos os dias, a chuva que cai fina, o Sol que aquece, a água que mata a sede, o verde das arvores e as plantas que nos alimentam, tudo isso cumprindo o seu papel e nós aqui só complicando as coisas.
Tem morrido muita gente, outros estão perdendo renda, alguns até caindo em depressão e a resposta simples pra tudo isso teimamos em não buscar. Empatia, isso mesmo, nega-se isso.
Sabe, aqui a justiça ainda prática a injustiça, temos gente ruim nos governando, claro que tem as excessões, mas estes já estam se cansando.
Tá danado. E eu aqui ofegante a lhe falar, talvez coisas que já sabe, mas preciso desabafar.
Estamos como ratos presos em uma caixa, com olhos vedados, um engolindo o outro.
Fico pensando que a humanidade definitivamente deu errado. Não aprendemos com erros e mais erros que cometemos ao longo da história.
Mas é isso aí, temos que tocar a vida e tentar consertar isso tudo.
Obrigado por me ouvir e desculpa pelo tempo que te tomei. No mundo todo existe tanta gente precisando da sua ajuda e aqui neste país, sei lá se é país ainda, te levando a insatisfação.
Valeu! E espero, um dia, poder voltar a seu colo pra falar de alegrias.
Aldeir Ferraz
Eu aqui no seu colo, porque hoje estou precisando dele, queria tirar um tempo para as lamentações.
Sei que com Você,não vou ouvir um "e daí". Aqui no meio de nós, ditos humanos, ouvimos o "e daí" direto e reto.
Já estou me sentindo um estranho diante a sua criação. Os pássaros que celebram a vida todos os dias, a chuva que cai fina, o Sol que aquece, a água que mata a sede, o verde das arvores e as plantas que nos alimentam, tudo isso cumprindo o seu papel e nós aqui só complicando as coisas.
Tem morrido muita gente, outros estão perdendo renda, alguns até caindo em depressão e a resposta simples pra tudo isso teimamos em não buscar. Empatia, isso mesmo, nega-se isso.
Sabe, aqui a justiça ainda prática a injustiça, temos gente ruim nos governando, claro que tem as excessões, mas estes já estam se cansando.
Tá danado. E eu aqui ofegante a lhe falar, talvez coisas que já sabe, mas preciso desabafar.
Estamos como ratos presos em uma caixa, com olhos vedados, um engolindo o outro.
Fico pensando que a humanidade definitivamente deu errado. Não aprendemos com erros e mais erros que cometemos ao longo da história.
Mas é isso aí, temos que tocar a vida e tentar consertar isso tudo.
Obrigado por me ouvir e desculpa pelo tempo que te tomei. No mundo todo existe tanta gente precisando da sua ajuda e aqui neste país, sei lá se é país ainda, te levando a insatisfação.
Valeu! E espero, um dia, poder voltar a seu colo pra falar de alegrias.
Aldeir Ferraz
quarta-feira, 6 de maio de 2020
COMETA HALLEY, EU VI
O ano de 1986, ainda não tinha completa 14 anos e um evento aguçava a curiosidade de todos. A passagem do cometa Halley, que surge de 75 em 75 anos, mobilizou a meninada da época.
Os antigos do inicio do século relatavam o temor de um fim do mundo, uma ira de Deus. Já nesta última passagem, esse temor estava descartado pelo menos pra maioria.
Lembro-me que estava na rua, com os amigos de brincadeiras do bairro,com pedaços de cacos de vidros olhávamos por ele em direção ao céu. Com muita dificuldade pude avistar uma pequena bola com uma espécie de rabo incandescente.
Foi aquele momento o comentário da semana, pois os filhos dos ricos em suas ostentações corriqueiras, diziam maravilhados,que da cobertura de suas mansões avistaram o cometa por telescópios.
Ali começava a entender que o horizonte tinha limites pra uns e o infinito era pra poucos.
Aldeir Ferraz
Os antigos do inicio do século relatavam o temor de um fim do mundo, uma ira de Deus. Já nesta última passagem, esse temor estava descartado pelo menos pra maioria.
Lembro-me que estava na rua, com os amigos de brincadeiras do bairro,com pedaços de cacos de vidros olhávamos por ele em direção ao céu. Com muita dificuldade pude avistar uma pequena bola com uma espécie de rabo incandescente.
Foi aquele momento o comentário da semana, pois os filhos dos ricos em suas ostentações corriqueiras, diziam maravilhados,que da cobertura de suas mansões avistaram o cometa por telescópios.
Ali começava a entender que o horizonte tinha limites pra uns e o infinito era pra poucos.
Aldeir Ferraz
terça-feira, 5 de maio de 2020
MEDOS
"Não me fale dos seus medos, eu conheço por inteiro as suas fantasias..."assim é parte do canto Estrelas de Oswaldo Montenegro.
Uma bela canção que particularmente me leva a viajar em um céu escuro, cheio de estrelas.
O medo é um tabú que enfrentamos em nossa existência, pois poucos de nós temos a coragem de falar dele. Talvez pelo fato de vermos medo como o inverso da coragem.
Quem não é corajoso demonstra fracasso. Assim pensa nossa sociedade.
Os especialistas do capitalismo dizem que só os fortes sobrevivem. Os machistas falam do medo como coisa de mulherzinha.
Medo é uma vergonha e muitos se aventuram a não tê-lo.
Arrepende-se por isso, morre-se por isso, mas ao contrário quando o medo te segura, também fica a sensação de que podia ter seguido, podia ter feito.
Lidar com o medo pode nos ajudar a pensar os nossos passos.
Em tempos de incertezas, não tenha medo de ter medo. Faça disso uma atitude de prudência. Se algo é desconhecido, como o virús que nos ataca, o medo nos ajuda na proteção.
Pelas marcas que nos deixa a ausência de som que emana das estrelas,pela falta que nos faz a nossa própria luz a nos orientar...( salve Oswaldo Montenegro).
Aldeir Ferraz
Uma bela canção que particularmente me leva a viajar em um céu escuro, cheio de estrelas.
O medo é um tabú que enfrentamos em nossa existência, pois poucos de nós temos a coragem de falar dele. Talvez pelo fato de vermos medo como o inverso da coragem.
Quem não é corajoso demonstra fracasso. Assim pensa nossa sociedade.
Os especialistas do capitalismo dizem que só os fortes sobrevivem. Os machistas falam do medo como coisa de mulherzinha.
Medo é uma vergonha e muitos se aventuram a não tê-lo.
Arrepende-se por isso, morre-se por isso, mas ao contrário quando o medo te segura, também fica a sensação de que podia ter seguido, podia ter feito.
Lidar com o medo pode nos ajudar a pensar os nossos passos.
Em tempos de incertezas, não tenha medo de ter medo. Faça disso uma atitude de prudência. Se algo é desconhecido, como o virús que nos ataca, o medo nos ajuda na proteção.
Pelas marcas que nos deixa a ausência de som que emana das estrelas,pela falta que nos faz a nossa própria luz a nos orientar...( salve Oswaldo Montenegro).
Aldeir Ferraz
domingo, 3 de maio de 2020
DIA DA SANTA CRUZ
O dia 03 de maio possui uma tradição antiga de se enfeitar a cruz. Ainda muita gente segue este costume. Pequenas cruzes e cruzeiros são coloridos por papel de seda com muita criatividade.
Não tenho uma cruz aqui em casa, mas tenho muita recordação e algumas histórias sobre este gesto.
Quando pequeno, de férias na casa de minha avó materna, na comunidade de São Francisco, em uma estrada pra mim desconhecida avistei um enorme cruzeiro fincado no alto de um monte. Em volta dele muitas pedras. Estava enfeitado, era o dia da Santa Cruz. Paramos na sua frente e depois de rápida oração seguimos.
Com os cachorros puxando a fila atravessamos um pequeno riacho de pedra e eu no caminho não tirava da cabeça a curiosidade: Qual o significado daquela cruz na beira da estrada.
Minha vó durante o trajeto contou então um caso que revelava o motivo desta cruz. Ali, na beira daquela estrada, uma familia havia morrido de fome.
Fiquei agoniado com aquilo, aquele cruzeiro de madeira, pra mim apartir daquele momento passou a ter vida.
Comecei a imaginar o sofrimento de alguém que morre de fome, que morre pelo abandono, que morre em meio a fartura sem poder usufruir dela.
A cruz não é uma fantasia, uma imaginação, ela possui vida.
Diante dela podemos enxergar o mundo que construimos de exclusão e diante dela temos o dever de revertermos essas situações de mortes.
Enfeitemos nossas cruzes com as cores da esperança, com as cores da caridade, do amor ao próximo, da empatia.
Que a cruz da beira da estrada não seja o fim de um caminho, mas o começo de um mundo casa de todos.
Aldeir Ferraz
Não tenho uma cruz aqui em casa, mas tenho muita recordação e algumas histórias sobre este gesto.
Quando pequeno, de férias na casa de minha avó materna, na comunidade de São Francisco, em uma estrada pra mim desconhecida avistei um enorme cruzeiro fincado no alto de um monte. Em volta dele muitas pedras. Estava enfeitado, era o dia da Santa Cruz. Paramos na sua frente e depois de rápida oração seguimos.
Com os cachorros puxando a fila atravessamos um pequeno riacho de pedra e eu no caminho não tirava da cabeça a curiosidade: Qual o significado daquela cruz na beira da estrada.
Minha vó durante o trajeto contou então um caso que revelava o motivo desta cruz. Ali, na beira daquela estrada, uma familia havia morrido de fome.
Fiquei agoniado com aquilo, aquele cruzeiro de madeira, pra mim apartir daquele momento passou a ter vida.
Comecei a imaginar o sofrimento de alguém que morre de fome, que morre pelo abandono, que morre em meio a fartura sem poder usufruir dela.
A cruz não é uma fantasia, uma imaginação, ela possui vida.
Diante dela podemos enxergar o mundo que construimos de exclusão e diante dela temos o dever de revertermos essas situações de mortes.
Enfeitemos nossas cruzes com as cores da esperança, com as cores da caridade, do amor ao próximo, da empatia.
Que a cruz da beira da estrada não seja o fim de um caminho, mas o começo de um mundo casa de todos.
Aldeir Ferraz
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