Fui provocado por um leitor assíduo de meus textos a escrever sobre um presente para o futuro e neste mesmo momento recebi uma fotografia antiga de meus avós paternos, enviado por minha irmã. Ao iniciar a construção da idéia na minha cabeça, vejo uma frase em uma página na rede social de uma pessoa que muito admiro e lhe tenho amizade. Estava escrito lá: " Havia mais futuro no passado".
Olhando a fotografia começo a refletir sobre os costumes da época e comparar com a realidade e a conclusão é rápida, tudo mudou muito. Penso que algumas situações estão até melhores que antes, mas também outras não.
Mas o meu propósito não é fazer comparação e sim dar a resposta de qual presente que temos para o futuro. Nada melhor nesta questão do que buscar no passado qual o presente que desfrutamos no presente agora.
Meus avós paternos, recém casados deixaram a foto de uma viagem após casamento a Juiz de Fora e nesse passeio imagino que jamais poderiam prever a grande familia que hoje existe. Claro que diante do padre juraram muitas coisas e entre elas enfrentar tudo na vida juntos.
A familia cresceu, se multiplicou e cada um foi para o seu destino. Ninguém dos herdeiros deste casal levaram contigo fortunas materiais, pois meus avós não possuiam grandes posses, mas levaram para suas histórias o que aprenderam com o ensinamento que tiveram que são os principios e valores do bem.
Talvez a resposta que posso dar hoje sobre qual o presente podemos dar para o futuro seria o que os meus avós deram. Continuar a trilha do bem é o que devemos para as próximas gerações.
Espero que daqui a uns cem anos alguém possa dizer de uma fotografia de hoje, eles deram a bondade e o amor, presentes que nunca se acabam.
Aldeir Ferraz
sexta-feira, 10 de julho de 2020
quinta-feira, 9 de julho de 2020
UM BOM DIA
É comum diariamente recebermos uma saudação de "Bom dia".
Este desejo do próximo para conosco pode provocar uma mudança no seu dia a dia, ou seja uma energia que te conduzirá até ao entardecer.
Essa coisa de um bom dia depende muito do que estamos determinados a fazer? Podemos dizer que sim e também acrescentar a necessidade de uma força maior que nos energize.
Creditamos a Deus a força positiva que recebemos quando tudo dá certo e isso é bom, pois temos aí a consciência da sua presença.
A força de Deus é bom lembrar que é enviada a todos nós, todos os dias, mas como explicar os dias ruins? Ausência de Deus? Penso que não.
Deus está sempre presente, a questão é que nem sempre nos fazemos presentes.
Entender a nossa conexão com Deus e o universo pode ajudar a explicar isso. Somos parte de um grande universo conectado, ligado vida por vida.
Haverá sempre bons dias e dias ruins, temos que compreendeer isso e celebrar o que acontece de positivo e adquirir experiência com o negativo.
Viva os bons dias! Tenhamos um bom dia! Vamos a vida.
Aldeir Ferraz
Este desejo do próximo para conosco pode provocar uma mudança no seu dia a dia, ou seja uma energia que te conduzirá até ao entardecer.
Essa coisa de um bom dia depende muito do que estamos determinados a fazer? Podemos dizer que sim e também acrescentar a necessidade de uma força maior que nos energize.
Creditamos a Deus a força positiva que recebemos quando tudo dá certo e isso é bom, pois temos aí a consciência da sua presença.
A força de Deus é bom lembrar que é enviada a todos nós, todos os dias, mas como explicar os dias ruins? Ausência de Deus? Penso que não.
Deus está sempre presente, a questão é que nem sempre nos fazemos presentes.
Entender a nossa conexão com Deus e o universo pode ajudar a explicar isso. Somos parte de um grande universo conectado, ligado vida por vida.
Haverá sempre bons dias e dias ruins, temos que compreendeer isso e celebrar o que acontece de positivo e adquirir experiência com o negativo.
Viva os bons dias! Tenhamos um bom dia! Vamos a vida.
Aldeir Ferraz
terça-feira, 7 de julho de 2020
ASSOMBRAÇÃO
A reza já havia se encerrado na capela e na venda a beira do balcão a moçada terminava a última prosa com os mais velhos do arraial.
O balconista enchia o meu copo com o litro de cachaça que se esgotava daquela noite.
Deixei a Venda com o dono fechando as portas, já não tinha mais ninguém na rua.
Montei no meu cavalo e segui a estrada rumo a minha casa e no caminho fui deixando as úlimas luminárias dos postes para trás, somente a poeira e o trote do meu cavalo me seguiam.
O vento frio que entrava por dentro de minha roupa fazia com que apertasse o passo pensando na coberta quente que me aguardava.
O silêncio da estrada se contrastava com as matas e canaviais se movimentando com a ventania.
Uma pomba trucal rompe de um tronco caído e seu vôo rasante provoca uma aceleração nas batidas do meu coração.
As palhas do canavial não cessavam seu barulho de movimentação.
Aquela estrada, aquela noite, tudo parecia ter olhos e respiração.
A cada metro seguindo era arrepiante.
Em uma curva passa de galope um pequeno animal que não consegui identificar, mas certamente ele estava assustado como eu, a demora de chegar já me incomodava.
Os pensamentos me incomodavam.
Eis que em uma reta lá de longe uma árvore seca iluminada pela Lua fez com que meu cavalo parasse, ele se assustou, algo de estranho tinha a nossa frente.
Insisti para que continuasse e devagar fomos aproximando, aproximando e notei que algumas folhas de embauba que balançavam é que incomodaram o meu animal, ufa.
Passamos da árvore seca e uma coruja arregalou os olhos para nosso lado e lá no céu um pequeno meteoro rasgava a escuridão da noite.
Uma casinha velha na beira da estrada era minha nova aflição e ali conta os antigos uma velha senhora tinha morrido de fome ela sempre ficava parada ali pedindo comida.
Se o espírito dela me abordasse, não teria nada para oferecer.
Cutuquei o cavalo e passamos disparado no local e o pavor era tanto que rezava sem parar e olhando de lado acho que cheguei a vê la.
Finalmente em casa, aliviado após horas que pra mim foram seculos e aos poucos comecei a refazer dos medos.
Ainda bem que assombração não existe, não é mesmo?
Aldeir Ferraz
segunda-feira, 6 de julho de 2020
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO VOCÊ CRESCER
Uma ação de fiscalização no Rio de Janeiro para coibir aglomeração em bares e evitar a contaminação pelo COVID19, chocou muita gente.
Um fiscal foi desacatado ao fazer o seu trabalho. Ao tentar explicar a um casal que questionava a operação, educadamente chamou o homem de cidadão. A mulher retrucou e disse que sua companhia não era cidadão. Era engenheiro civil, melhor do que ele.
Essa agressão arrogante demonstra o tamanho do poço em que estamos.
Este poço sem fim está cheio de um lamaçal daquilo que nós produzimos como sociedade.
Somos forçados desde pequenos a sermos alguém. Médico, engenheiro, advogado, enfim tem que ter "DR" pra ser alguém.
Esse ser alguém, acaba formando pessoas arrogantes, com narizes empinados e dá no que dá.
Não estamos formando cidadãos e cidadãs e o futuro de nação cada vez mais se compromete.
É preciso ter a ciência do nosso papel na construção da sociedade, o que somos nela, seja doutor ou garçom não te faz mais ou menos. Todos temos nossa importância, apesar dos abismos da renda de cada profissão.
Somos gota d'água, somos grão de areia e como tal precisamos sempre nos amar como se não houvesse amanhã.
Menos arrogância, mas humildade por favor.
Aldeir Ferraz
Um fiscal foi desacatado ao fazer o seu trabalho. Ao tentar explicar a um casal que questionava a operação, educadamente chamou o homem de cidadão. A mulher retrucou e disse que sua companhia não era cidadão. Era engenheiro civil, melhor do que ele.
Essa agressão arrogante demonstra o tamanho do poço em que estamos.
Este poço sem fim está cheio de um lamaçal daquilo que nós produzimos como sociedade.
Somos forçados desde pequenos a sermos alguém. Médico, engenheiro, advogado, enfim tem que ter "DR" pra ser alguém.
Esse ser alguém, acaba formando pessoas arrogantes, com narizes empinados e dá no que dá.
Não estamos formando cidadãos e cidadãs e o futuro de nação cada vez mais se compromete.
É preciso ter a ciência do nosso papel na construção da sociedade, o que somos nela, seja doutor ou garçom não te faz mais ou menos. Todos temos nossa importância, apesar dos abismos da renda de cada profissão.
Somos gota d'água, somos grão de areia e como tal precisamos sempre nos amar como se não houvesse amanhã.
Menos arrogância, mas humildade por favor.
Aldeir Ferraz
domingo, 5 de julho de 2020
POR ONDE ANDAM
Por onde andam aqueles que em carne e osso não se fazem presentes.
Algum céu azul com nuvens brancas? Em um novo planeta? Em uma estrela brilhante?
Não sei afirmar e responder a esta questão. Onde eles estão?
Suspeito que a presença deles se dá em lugares calmos, ambientes de paz, nos templos silenciosos, onde a oração surge no calado, apenas no coração e na emoção.
Suspeito que caminham no meio das matas, junto as Iaras, Curupiras, sacis... Lendas pra nós. Será?
Os espiritos se manifestam no canto dos pássaros, no cheiro das flores, na gota do orvalho da manhã.
Suspeito que detestam locais onde existe briga, onde tem intriga, lugar sem amor.
Suspeito que andam por aí, entre nós, quando buscamos a felicidade, a humildade e a solidariedade. Neste momento estão próximos. Dá até para sentir.
O mundo é um só, lá e cá são ambientes que o aconchego aproxima.
Aconchego requer exercitar o verbo amar e trabalhar sempre a paz.
Eles caminham sempre entre nós.
Aldeir Ferraz
Algum céu azul com nuvens brancas? Em um novo planeta? Em uma estrela brilhante?
Não sei afirmar e responder a esta questão. Onde eles estão?
Suspeito que a presença deles se dá em lugares calmos, ambientes de paz, nos templos silenciosos, onde a oração surge no calado, apenas no coração e na emoção.
Suspeito que caminham no meio das matas, junto as Iaras, Curupiras, sacis... Lendas pra nós. Será?
Os espiritos se manifestam no canto dos pássaros, no cheiro das flores, na gota do orvalho da manhã.
Suspeito que detestam locais onde existe briga, onde tem intriga, lugar sem amor.
Suspeito que andam por aí, entre nós, quando buscamos a felicidade, a humildade e a solidariedade. Neste momento estão próximos. Dá até para sentir.
O mundo é um só, lá e cá são ambientes que o aconchego aproxima.
Aconchego requer exercitar o verbo amar e trabalhar sempre a paz.
Eles caminham sempre entre nós.
Aldeir Ferraz
O PRÓXIMO POR FAVOR
Bom dia! Boa Tarde! Boa Noite! Assim começa a missão de um operador e operadora de caixa no supermercado.
No chekout os produtos vão passando, entregue pelo casal recém casados. Item por item sendo registrados até finalizar tudo e realizar o recebimento do valor da compra.
Parece fácil, descomplicado, mas não. No caso deste casal que pela primeira vez juntos faziam compras, as perguntas eram constantes sobre os produtos, pois ainda não possuiam experiência e a operadora do caixa tinha que expor seu conhecimento dando dicas.
Outra pessoa que na fila estava,chega também com seu carrinho coloca os produtos para serem passados e puxa uma prosa. Conta sua vida, conta dos problemas e ouve os conselhos da nossa caixa. Sai satisfeita da compra após o bate papo e pagar pelo comprado.
Chega a seguir um senhor mau humorado, reclama da fila, do atraso no atendimento, do preço, do.... Destila todo seu desprazer de vida e a nossa atendente segue firme,mesmo com a úlcera em tempo de explodir com tamanha estupidez. Compra finalizada, aff! Segue a fila.
Assim é o ambiente de trabalho de um "caixa" que sai de sua casa para o trabalho tendo que deixar suas questões para trás e sentar em uma cadeira de frente a uma registradora e atender aos clientes.
No correr do dia surge de tudo e até mais do que relatei. Existe pessoas que chegam carinhosas, estressadas, os espertos que tentam dar golpes... Uma missão que precisa de super poderes.
Tudo isso no final do dia busca-se superar, mas talvez o que mais agonia a um operador de caixa é quando uma trabalhadora vêm com seus filhos fazer a compra do mês e na hora de passar os seus produtos necessários, o dinheiro não dá. É uma cena triste. Ter que devolver itens e ajudar aquela pessoa a concluir sua compra de acordo com sua pequena renda, requer muita empatia.
Se você for a um supermercado para suas compras, seja cordial com o "caixa", isso vai ajudá-lo a superar o dia com felicidade e esquecer por ventura algum espírito ruim que vez ou outra insiste em querer estragar o dia das pessoas.
Viva os nossos operadores e operadoras de caixa! Voltem sempre!
Aldeir Ferraz
No chekout os produtos vão passando, entregue pelo casal recém casados. Item por item sendo registrados até finalizar tudo e realizar o recebimento do valor da compra.
Parece fácil, descomplicado, mas não. No caso deste casal que pela primeira vez juntos faziam compras, as perguntas eram constantes sobre os produtos, pois ainda não possuiam experiência e a operadora do caixa tinha que expor seu conhecimento dando dicas.
Outra pessoa que na fila estava,chega também com seu carrinho coloca os produtos para serem passados e puxa uma prosa. Conta sua vida, conta dos problemas e ouve os conselhos da nossa caixa. Sai satisfeita da compra após o bate papo e pagar pelo comprado.
Chega a seguir um senhor mau humorado, reclama da fila, do atraso no atendimento, do preço, do.... Destila todo seu desprazer de vida e a nossa atendente segue firme,mesmo com a úlcera em tempo de explodir com tamanha estupidez. Compra finalizada, aff! Segue a fila.
Assim é o ambiente de trabalho de um "caixa" que sai de sua casa para o trabalho tendo que deixar suas questões para trás e sentar em uma cadeira de frente a uma registradora e atender aos clientes.
No correr do dia surge de tudo e até mais do que relatei. Existe pessoas que chegam carinhosas, estressadas, os espertos que tentam dar golpes... Uma missão que precisa de super poderes.
Tudo isso no final do dia busca-se superar, mas talvez o que mais agonia a um operador de caixa é quando uma trabalhadora vêm com seus filhos fazer a compra do mês e na hora de passar os seus produtos necessários, o dinheiro não dá. É uma cena triste. Ter que devolver itens e ajudar aquela pessoa a concluir sua compra de acordo com sua pequena renda, requer muita empatia.
Se você for a um supermercado para suas compras, seja cordial com o "caixa", isso vai ajudá-lo a superar o dia com felicidade e esquecer por ventura algum espírito ruim que vez ou outra insiste em querer estragar o dia das pessoas.
Viva os nossos operadores e operadoras de caixa! Voltem sempre!
Aldeir Ferraz
sábado, 4 de julho de 2020
MINHA LEI, MINHA QUESTÃO
Sonho impossível, uma canção imortalizada por Maria Bethânia, que tem como um dos autores Chico Buarque nos leva a profundas reflexões.
É minha lei, minha questão... aqui neste pedaço da bela canção aprofundo meus pensamentos. Minha lei, como assim, minha lei, pois lei é um conjunto de normas impostas através de uma sociedade organizada, sendo assim neste contexto, não é minha lei, mas nossa.
Avançando na reflexão dá pra entender que além da lei imposta da sociedade, temos a nossa lei interna, temos a nossa convicção a seguir.
Minha lei, minha questão me impulsiona a seguir o caminho que muitas vezes é contestados por outros.
Existem os que não curtem a natureza, pois curto e tenho conectividade com a mãe terra e nada me tira da cabeça que tenho a obrigação de cuidar e proteger.
Cuidar e proteger é minha lei é minha questão.
Existem os que acham que a meritocracia é que deve reger a sociedade, ou seja existe pobre e rico por capacidade de cada um. Penso que todos devem ter o direito a usufruir dos bens produzidos na Terra, essa minha lei, é minha questão.
Minha lei, minha questão, a sua lei, a sua questão tornam-se lutas e objetivos de vida que nos levam ao caminho do crescimento espiritual, o caminho da paz.
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Quantas guerras terei de vencer pra ter um pouco de paz.
Aldeir Ferraz
É minha lei, minha questão... aqui neste pedaço da bela canção aprofundo meus pensamentos. Minha lei, como assim, minha lei, pois lei é um conjunto de normas impostas através de uma sociedade organizada, sendo assim neste contexto, não é minha lei, mas nossa.
Avançando na reflexão dá pra entender que além da lei imposta da sociedade, temos a nossa lei interna, temos a nossa convicção a seguir.
Minha lei, minha questão me impulsiona a seguir o caminho que muitas vezes é contestados por outros.
Existem os que não curtem a natureza, pois curto e tenho conectividade com a mãe terra e nada me tira da cabeça que tenho a obrigação de cuidar e proteger.
Cuidar e proteger é minha lei é minha questão.
Existem os que acham que a meritocracia é que deve reger a sociedade, ou seja existe pobre e rico por capacidade de cada um. Penso que todos devem ter o direito a usufruir dos bens produzidos na Terra, essa minha lei, é minha questão.
Minha lei, minha questão, a sua lei, a sua questão tornam-se lutas e objetivos de vida que nos levam ao caminho do crescimento espiritual, o caminho da paz.
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
Quantas guerras terei de vencer pra ter um pouco de paz.
Aldeir Ferraz
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