E a correnteza da água vinda daquele pequeno córrego fazia movimentar o tronco que levantava e abaixava.
Na ponta deste tronco, um pilão que ao descer esmagava o milho na cuia, que se tornava o fubá, a farinha de bijú, a canjiquinha....
Este é o monjolo, desconhecido de agora e saudado por quem viveu o seu auge.
O tempo do monjolo era um tempo que tudo passava mais lento e tudo era celebrado.
Minha mãe em suas lembranças contava como era divertido voltar da escola e ver o milho sendo triturado lentamente.
Lá na Dona Nozita Barbosa ( sogra da sua irmã Maria), na comunidade de São Francisco, contava ela que era feito a farinha de Bijú.
Tinha todo um preparo depois do milho esmagado.
Uma pasta era formada, tinha o momento de peneirar, o momento de secar, o momento de desfazer as placas formadas...
Além de assistir a toda aquela trabalheira, a criançada ganhava uns pedaços de bijú.
Nada desse negócio de guloseimas de hoje, algumas mais caras que outras. O que fazia a alegria era ganhar o bijú e se divertir com o monjolo no seu trabalho lento e sem fim.
Tempos de fartura e simplicidade.
Aldeir Ferraz
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