O Domingo foi muito bom. Já cedo nos aprontamos e saímos de casa com um compromisso, viver e reviver.
Coloquei cinquentão de gasolina no tanque do carro e fomos rumo ao campo fugindo da cidade.
Dentro do carro comigo estava minha mãe, minha irmã Celinha, Valquiria, Ana Clara e o Juan.
Gente da cidade quando vai na roça é certo que vai pagar algum mico.
Na nossa história não foi diferente, pois ao chegar no nosso destino, com uma porteira nos deparamos.
Reza a etiqueta de que o carona do banco da frente tem o dever de descer e abrir a porteira.
Tudo bem, tudo certo, o Juan estava no banco da frente e teria essa missão. Pois é, teria essa missão se não fosse a matilha de cachorros que vieram em nossa direção pra nos receber, resultado, o carona do banco da frente amarelou.
Naquele momento vem a pergunta e agora o que fazer?
Como estava dirigindo argumentei que não dava pra descer e como amo muito minha esposa pedi a ela que descesse, enfrentasse os cachorros e abrisse a porteira, mas acho que o amor que ela diz ter por mim ficou em cheque, além dela amarelar, quase apanhei.
A coragem veio da minha mãe que desceu e abriu a porteira, enfrentando os cachorros.
Até que naquele gesto da minha mãe, que tem mais de 80 anos, me fez ter coragem e descer também.
Só que tinha um detalhe, o medo pra cachorro que tenho me fez voltar ao deparar com um baita de um cachorro em minha direção.
Salve a Dona Dalica, mãe corajosa.
Aldeir Ferraz
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