domingo, 1 de agosto de 2021

HISTÓRIAS NÃO CONTADAS

 Um mundo de bilhões de vidas que surgem e desaparecem no tempo seria impossível contar a história de cada um.

Mas cada um tem a sua história vivida e como seria bom que tivesse um registro, alguém que contasse para as gerações que ainda estão por vir.

Amores que foram eternos e tatuados em algum tronco de arvore, desencontros, encontros. 

Pequenas obras de arte, grandes obras de arte que anonimas ficaram.

Mentes brilhantes que se perderam no tempo.

Gente que sumiu neste mundo e que não vemos mais.

É preciso que possamos ouvir, principalmente das velhas vividas suas histórias vividas.

Ouvir e multiplicar.

Aldeir Ferraz




quinta-feira, 29 de julho de 2021

LIDERANÇA

Tenho visto e ouvido muito dessa coisa de liderança.

O líder centralizador, o lider democrático, o líder de coesão, o líder...

Tantos modelos e um complicador que é motivar e fazer com que siga na direção que vai.

Cada vez mais ser um líder ideal é muito dificil.

Tem gente que se acha líder, mas é arrogante, o que sabe tudo, o que tem todas as respostas.

Tem gente que é líder só pra ficar em um pedestal.

Acho que ser líder é ter empatia com os que estão no seu meio.

Compreender o ambiente em que trabalha e ser mais um entre todos colaborando na caminhada te faz líder sem se achar líder.

Aldeir Ferraz

sábado, 24 de julho de 2021

UMA HISTÓRIA DE OLÉ




Ainda na sobriedade da manhã, encontrei em Visconde do Rio Branco, com o Mauro Zoi, antigo sapateiro da cidade.


Há bem tempo ouvia dele e de outros a história do dia em que Mané Garrincha jogou uma partida de futebol nestes cantos da Zona da Mata Mineira.


Da memória desta partida o Mauro não lembra a data, mas não se esquece de que teve a missão de marcar o craque do Botafogo e da Seleção Brasileira.


O jogo teve muitos gols e Garrincha fez um, conta o nosso sapateiro, mas o que mais aviva a sua memória era o confronto dele com o Mané.


Diante do astro, suas pernas tremiam e se desconcertava com os dribles mágicos que o artista da bola fazia, seus ouvidos ainda ecoam os olés gritados pela torcida.


Até hoje é conhecido em Visconde do Rio Branco como o cara que marcou o Mané Garrincha e tomou mil dribles.


Mauro foi na verdade um privilegiado por tentar barrar um dos maiores craques da história do futebol mundial.


Aldeir Ferraz

sábado, 3 de julho de 2021

POR MIM, POR VOCÊ, PELA MEMÓRIA DE TODOS QUE NÃO SOBREVIVERAM



POR MIM, POR VOCÊ, PELA MEMÓRIA DE TODOS QUE NÃO SOBREVIVERAM

VACINA SIM

E meu momento chegou, a vacina para o grande mal que tombou muitos e que deixou muitas sequelas para a humanidade.

Esperei a minha vez com paciência e consciência de que não adianta um vacinar se todos não se vacinarem.

Pra vencer o vírus todos têm que entrar nessa batalha e dar o braço para derrotar essa maldita pandemia.

Não me sinto aliviado, pois sei que ainda grande parte do nosso povo precisa também de se imunizar. Creio que só depois disso poderemos celebrar e tenho fé que celebraremos.

Agora sei que esta vacina que está em meu corpo inicia uma luta para que surjam os anticorpos necessários que irão me proteger.

Imagino essa batalha interna em mim, pois ela também acontece aqui do lado de fora com os cientistas e todos os profissionais da saúde envolvidos nessa guerra boa.

Nesse período todo em que nosso mundo entrou no caos e ainda está, cheguei a ser contaminado e adoeci, também outros tantos adoeceram e perdemos amigos, parentes e conhecidos, Partiram antes da hora e por eles precisamos continuar no caminho de luta pela vida. A vida com abundância para todos.

Não podemos negar o nosso papel neste momento vital ou mortal, ou seja, continuar a nos proteger é continuar a defesa da vida, pois o contrário rumaremos para anteciparmos a chegada da morte.

Viva a ciência, o milagre de Deus que surge nas nossas mãos

Aldeir Ferraz

terça-feira, 29 de junho de 2021

APOSENTEI


Chegou o dia, enfim a aposentadoria!

Nossa! Quanto chão ficou pra trás.

Olha que hoje vejo tudo como se fosse ontem, mas não foi.

Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomei no lombo. Os calos na mão já perdi a conta, mas tudo valeu a pena, cresci como gente grande, ganhei mais humanidade.

Pra cidade parti e no comércio dediquei a maior parte da minha vida.

Tinha patrão bão, tinha patrão chato, tinha patrão legal, isso tudo aguentei e sempre busquei ser eu mesmo, o cara do cabo de enxada que enfrentava o tranco.

Muitos amigos conquistei, minha estrada pavimentei na fé e aqui agora cheguei, aposentei.

Desafiei-me a colocar no papel o que possa neste momento passar em sua cabeça, acho que seria  mais ou menos isso.

Tenho certeza que você construiu uma bonita história e deixa a marca de um profissional exemplar, um companheiro de trabalho correto e justo.

Tornou se um profundo conhecedor da arte de comprar e negociar os melhores preços e produtos.

O mundo do comércio desde o tempo do balcão onde era olho no olho com o freguês, da prova dos 9 nas contas sem calculadora, da concha que pegava o arroz, o feijão, o açúcar, até a balança de 02 pratos ensinou muita gente a ser referência nos dias de hoje, pois o mundo avançou e sem que tivessem tido a oportunidade de sentar em uma cadeira na sala de aula, evoluiu no tempo.

Deveria existir uma lei para quem se aposentasse receber todos os méritos da vida, pois isso não é pra qualquer um.

Dão, parabéns por sua vitória, tenho certeza do seu merecimento e da luta que fez até hoje, que curta sua aposentadoria com muita paz e saúde.

Viva!


Aldeir Ferraz




domingo, 27 de junho de 2021

TODA MAGIA DE UMA CIDADE



O lugar que nascemos é sempre um lugar especial nas lembranças que levamos pra vida. Sempre tem uma história, sempre tem um caso para se contar.

E quando recordamos, surgem os mistérios e as magias que nos enchem de emoções.

Quantos lugares que  passei e que hoje  dão vidas as memórias.

Procurei listar ruas, bairros, comunidades e todos tive uma recordação, um momento bom e a curiosidade do “por quê” do lugar.

Visconde Rio Branco é assim, cheio de boas lembranças e mistérios.

Lá tem uma rua conhecida por capim cheiroso, nome que certamente nos traz o perfume da lembrança.

O Morro da Forca, onde sim existiu uma forca e relatos de condenações é o caminho do Colégio Rio Branco e quando era período de provas realmente imaginávamos o nosso pescoço enforcado.

O caminho da Vovó, que nome carinhoso, melhor tratar assim do que ter nome de um coronel desconhecido.

A comunidade da Tia Velha onde convivi com muita gente de energia boa, certamente são protegidos e energizados por esta velha tia protetora de todos os males.

Lá no Alto da Boa Vista tinha o Campo da Lagorda onde era o espaço da meninada jogar bola e ponto certo pra receber os circos que chegavam na cidade. Há tinha a piscina seca, na verdade nunca a vi cheia.

O Matucho era o lugar para divertir com a água de cachoeira, mas tinha a xistosa que nos assustava.

Morro da Formiga, Pito aceso, Chácara, Filipinho, Colonia, Muzúngu, tantos lugares e histórias com lembrança de muitos conhecidos que moravam nestes lugares.

Nas comunidades rurais mais coisas boas a lembrar por todas as bandas:
Ponte Coberta , Sementeira, Gordura, Roça Alegre, Cachoeirinha, Massambará, Clemente, Feiticeiro,Sapateiro, Santa Helena, Santa Juliana, São Francisco, Santa Maria, Bela Vista…. 
Rezas, festas, boas reuniões...

Em cada canto uma história pra contar e claro que a Praça 28 de Setembro tem um capítulo especial, pois é onde os amores, as amizades e até a politica se encontrava. Cada árvore, cada banco, o coreto são  paisagem de quem sonha distante de sua terra natal. 

Salve Visconde do Rio Branco, salve nosso povo e nossa história.


Aldeir Ferraz

sábado, 26 de junho de 2021

MARLI FELIX

 

Dona Marli me dá água!

E lá vem ela pra atender um por um que gritava no portão de sua casa.

Do bairro são Jorge ao morro da Tia Velha era constante os chamados das pessoas que com latas vazias eram atendidos com paciência.

Do seu poço muita gente teve sua sede saciada.

A Marli Felix é de fato um patrimônio de Visconde do Rio Branco. Seu jeito alegre e espalhafatoso de conversar, realmente enchia e enche de alegria quem tem a oportunidade de ficar na sua presença.

Aqui do Supermercado Ferraz sempre a avistamos em sua janela, a quase todo momento conversando com os que passam em sua calçada.

Quem não tem um bom momento de uma boa conversa com ela.

Do flamengo sempre foi torcedora ferrenha e aí de quem mexesse com seu time de coração, teria que agüentar muitos palavrões, palavrões carinhosos, claro. 

Em tempos em que necessitamos de muita empatia, ta aí um grande exemplo.

Tem gente que vive na Terra e nunca poderia desaparecer, pois o que de bom fazem por aqui, ficam eternizados em nossos corações


Aldeir Ferraz




Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...