sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O USO DO CACHIMBO FAZ A BOCA TORTA



É bom que sempre possamos fazer a reflexão do tempo em que estamos vivendo e qual nosso papel neste contexto.

Estamos fracassando como sociedade e a deformidade evidente me faz remeter ao ditado popular:

“O uso do cachimbo faz a boca torta”

Estávamos acostumando a um cenário de desenvolvimento e crescimento da renda em passado recente, onde tínhamos um norte de nação focada no futuro, mas com o pé no presente, momento em que concluo que elevamos nosso grau de arrogância e as bases do avanço econômico e social degringolou.

Nesse ditado que citei, o cachimbo é a arrogância que começamos a usar quando o caminho estava belo e radiante, dava pra ver no rosto de cada um de nós brasileiros e brasileiras. Porém, agora que nos afligimos com um cenário de morte, onde uma pandemia vai nos adoecendo e matando, continuamos com o cachimbo da arrogância cada vez mais nos deformando.

O rosto de nossa sociedade está cada vez mais irreconhecível e não mudamos de jeito.

O discurso do novo normal virou hipocrisia, pois as atitudes estão fechando qualquer porta de razoabilidade. Se temos dois lados nesta história, tanto um como o outro esborrifam a fumaça do cachimbo que nos destrói.

Agora convivemos com alta de preços, queda na renda e o deus-mercado celebrando lucros exorbitantes.

No espelho da nossa consciência nos vemos agora como monstro com a boca cada vez mais torta.



Aldeir Ferraz

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

OS SANTOS VIVOS


Como o amor e a caridade dos Santos Vivos nos faz refletir.

Nos cultos e celebrações religiosas geralmente se faz uma referência a alguns homens e mulheres do passado que tiveram uma vida dedicada ao próximo e que após suas mortes, tornaram-se santos.

Muitos destes santos passam a ganhar devotos que atribuem a eles milagres e o apego as orações e pedidos de intercessão a Deus se multiplicam.

Agora, porém, ainda existem mundo afora, entre nós os santos vivos, que tem uma vida voltada a fazer o bem de forma instintiva.

Os santos vivos, na maioria das vezes estão em lugares miseráveis e junto ao povo mais excluído. Aqueles seres humanos renegados pela sociedade contam com os santos vivos para aliviarem suas dores.

Drogados, mendigos, presos, doentes…enfim, tudo que nos incomoda e optamos por afastar ou apenas comentar a distância, encontra em alguns o acolhimento humano.

Sinto-me pequeno diante da grandeza e desprendimento das ações de amor e caridade destes santos.

O Brasil contemporâneo pode vivenciar muitos destes santos, um deles é, sem dúvida, irmã Dulce, que viveu entre nós e fez o que deveríamos fazer sempre, amar o próximo, sem nada obter em troca.

Outros santos vivos estão partindo e abrindo uma lacuna que precisa ser preenchida, pois a messe é grande e os operários são poucos.

Precisamos de muitos santos entre nós.


Aldeir Ferraz

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

LINDA JUVENTUDE


Juventude, viva intensamente a sua. Eu vivi, eu sonhei eu amei…

Hoje não tenho mais a idade juvenil, não tenho mais os ares de energia daqueles tempos, mas como foi bom, insisto em ter.

Quando os cabelos começam a ficar brancos, busco longo uma tinta;

Quando uma ruga surge, a pele já não se faz mais lisa, uso todos os cremes que surgem a minha frente;

Quando a barriga desponta e o físico não é mais resistente, corro para academias e caminhadas.

Não é fácil aceitar que tudo ficou para trás e que um novo ser surgiu em mim.

As razões dominam a vida, muito mais do que as emoções de outrora.

Acaba que a vida avançando no caminho tornamo-nos aqueles chatos moralistas que sempre nos espezinhavam na mocidade.

A vontade é tanta de voltar que até a essência abrimos mão. No sexo sonhamos com as quantidades e deixamos os amores e paixões de lado. Bebemos o vinho não para viajar, mas para se anular, ouvimos a canção para chorar, para sentir saudade e não para sonhar.

É assim mesmo, por isso insisto que viva a sua juventude, beba da água-viva que está em sua fonte.

Aqui em meu tempo resta-me aprender a viver com que a vida me oferece e quem sabe daqui mais algumas décadas possa dizer também:

Esse tempo de quarentão que era bom!

Viva a sua idade, seja qual ela for.



Aldeir Ferraz

sábado, 8 de agosto de 2020

O DIA DE (S)TER PAI


Não! Não quero falar do pai. Quero falar de quem tem e de quem gostaria de ter pai.
Quem tem, no orgulho procura se escorar ou mesmo busca fazer com que ele tenha orgulho, que ele te entenda, que ele ache você sempre o melhor.
Muitas vezes isso  é conflitante, pôxa meu velho não me entende.
Quem gostaria de ter um pai neste domingo. Todos que hoje não têm, mesmo que diga que não, sim! Gostariam de ter.
Tem a saudade do que já não vive mais. Tem a raiva do  que não se faz presente. Tem a frustração do que nunca existiu. Tem tudo, mas o pai não tem.
Não dá pra dizer que tá tudo bem, que não liga pra isso. No fundo algo corroi.
Ter um pai sempre, tê-lo neste domingo e não ter, faz diferença, doi sem doer ou doe mesmo.
O dia de ter um pai talvez nos ensine a ser um.
Se você não tem ou se você tem, aprenda a ser, pois qualquer um precisa ter um pai.
Como na música que diz: 
Você faz parte deste caminho, que hoje eu vivo....PAI.

Aldeir Ferraz



sexta-feira, 7 de agosto de 2020

IRMÃ MARISA COSTA, UMA LUZ DE DEUS


Uma fonte de luz, é assim que defino Irmã Marisa em minha vida.

Aquela pequena mulher, de olhar simples e que tinha seus passos firmes junto a nós em todas andanças nas comunidades.

Lá na Pastoral da Juventude, nas Comunidades Eclesiais de Base, na formação de Associações de Moradores, Pastoral Operária… estava ela, a servir, a orientar.

O Deus de Irmã Marisa sempre estava entre nós. Não, definitivamente não estava nos altares.

Interessante que antes de conhecê-la, era pra cima, olhando no céu que enxergava a presença divina, mas aos poucos e com a sua sabedoria passei a ver de fato o rosto do criador no pobre, no injustiçado, naquela mulher trabalhadora, naquele homem trabalhador, na simplicidade das comunidades.

Nossas mudanças nunca acontecem por si, é preciso que tenhamos pessoas ou anjos como queiram ao nosso lado, a nossa frente e até como sombra levando as certezas dos caminhos.

Quem na vida sempre foi luz, na eternidade sempre será luz.

Em tempos de desconstrução humana, a ausência de mulheres como Irmã Marisa é sem dúvida uma perda, mas o seu legado, cabe a nós que ainda estamos por aqui levar a outros tantos que não tiveram o sabor da sua convivência.

Que sua luz esteja sempre presente entre nós.

Irmã Marisa, Presente, Irmã Marisa Presente!



Aldeir Ferraz

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

CARTA APOIO

Ubá 06 de agosto de 2020

A distância destes tempos de pandemia impedem o nosso convívio social. Reuniões, encontros, conversas mais próximas têm sido evitadas para nosso bem. A saúde agora vale todo nosso esforço contra este mal chamado popularmente de Corona Vírus.

Isto tudo está acontecendo em um ano muito importante para nós, como sociedade, pois chega o momento em que através de um processo eleitoral definiremos os representantes do legislativo e o novo chefe do executivo.

Desde a década de 80, ainda adolescente participo da vida comunitária e politica. Em movimentos de juventude, comunidades de base, partidos políticos e também no meu trabalho, cresci como cidadão e evolui na minha esperança de um mundo melhor.

O ator Grande Otelo em uma cena de novela antiga disse que a esperança é uma seriema, quando quase a alcançamos, suas pernas longas se apressam e não conseguimos agarrá-la, mas jamais pararia de ir em sua direção.

Esta esperança sempre a persegui e como o nosso ator procuro na espera confiante alcançar.

Considero a politica a estrada a seguir e perseguir a tão desejada esperança.

Na minha vida tive a felicidade de contribuir na politica para transformar a realidade de forma positiva.

Tenho a tranquilidade de muitos testemunhos positivos daquilo que fiz ao longo da minha vida pública.

Agora assumo mais um desafio, estou hoje como pré-candidato a vereador em um projeto amplo que busca resgatar o modo de governar nossa cidade como foi no período da administração do Vadinho.

Além de colocar meu nome como pré-candidato a vereador, também defenderei a pré-candidatura a prefeito do Vadinho para que ela se torne realidade.

Queria neste contexto contar com seu apoio e simpatia nesta jornada que assumi. Espero após este momento de pandemia dialogarmos mais sobre as esperanças para nossa cidade.

Um abraço fraterno e que Deus ilumine os nossos caminhos.



Aldeir Ferraz


segunda-feira, 3 de agosto de 2020

ENERGIA 220

No ínicio de agosto de 2017, começava uma nova história na cidade Ubá e também em minha vida. O Atacarejo Martminas era inaugurado. Mais do que um empreendimento, esta empresa se tornou parte do povo ubaense e da região.
Ubá, em um determinado tempo possuia vários atacados importantes, como o armarinho Santo Antônio e infelizmente perdemos esse segmento da economia, após sequências de crises. 
A inauguração do Martminas aqui, resgatou essa vocação regional da nossa cidade e nossa economia passou a movimentar o atacado com mais robustez. Vários comerciantes daqui e de toda região têm frequentado nossa loja e realizam bons negócios, proporcionando desenvolvimento econômico a nossa comunidade.
Desde que comecei a trabalhar, também me desenvolvi como profissional e claro, tenho me tornado uma pessoa melhor a cada dia com a relação que tenho com cada um que trabalha.
A nossa equipe de trabalho é fantástica, todos procuram se desdobrar para que esta loja dure por muito tempo entre nós.
Cada um, mesmo começando com pouca experiência adquire o espírito de equipe e entra no clima na voltagem 220.
A loja Ubá é identificada na rede como 220 e é assim que somos em forma de energia.
Que possamos ter mais anos de trabalho e crescimento, fazendo com que Ubá continue com sua vocação de polo, que nossa região da Zona da Mata se torne cada vez mais progressiva e nós, povo de luta e trabalho possamos sempre orgulhar das coisas boas que acontecem.
Salve a todos da equipe Martminas Ubá, a loja que é 220.

Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...