O tempo vai avançando e as vistas vão se encurtando. Aí não tem jeito, o óculos passa a ser um acessório fundamental na vida.
Apesar de conseguir ainda diferenciar uma nota de R$100,00 da de R$50,00, por enquanto, as letras miúdas de uma bula de remédio não tem chance.
Sem o óculos fica complicado fazer uma leitura, escrever um texto, enxergar de perto muita coisa, por isso não saio de casa sem ele.
A convivência com o óculos já vem de um bom tempo e agora estou numa fase de começar a perdê-lo.
Já perdi em casa, já perdi no trabalho, já perdi na rua, até já perdi ele sem perder. Haja São Longuinho pra encontrar o abençoado. E São Longuinho já me ajudou muito.
Pra quem não conhece a oração deste santo que acha coisas perdidos é o seguinte:
São Longuinho, São Longuinho, ache meu....( no caso o óculos) e dou 3 pulinhos. E não é que dá certo.
Um dia o óculos estava encima da minha cabeça e não achava de jeito nenhum.
Essa não precisei de chamar o santo, mas aconteceu mesmo.
Bem é isso aí, só sei que não vivo sem ele. E se você ainda não usa, se prepara com a peleja. Ainda mais agora com a pandemia, ter que usar máscara e óculos é um sofrimento danado.
Aldeir Ferraz
sábado, 6 de junho de 2020
terça-feira, 2 de junho de 2020
VIVER É NORMAL, MORRER NÃO
Brasil, 02 de junho de 2020, trinta e um mil seres humanos brasileiros e brasileiras perderam suas vidas com a pandemia do COVID19.
O presidente de plantão se limitou em dizer que lamenta e que é normal que se morra.
Se a morte fosse normal, algo aceitável, não haveria a batalha pela vida.
Existe todo um esforço de uma sociedade que se organiza em um complexo sistema de saúde pública e privada com normas e conceitos de bem viver, pesquisas para se descobrir curas, lutas sem fim para que se alongue a vida e amenise dores. Nada disso é em vão.
Não aceitamos a morte, lutamos para que a vida seja o normal.
Nesta batalha da vida, não pode haver espaço para os que banilizam a morte, banalizam o sofrimento.
A vida precisa de quem lute por ela.
Vida eterna aos que se dedicam em fazer a vida o normal.
Aldeir Ferraz
O presidente de plantão se limitou em dizer que lamenta e que é normal que se morra.
Se a morte fosse normal, algo aceitável, não haveria a batalha pela vida.
Existe todo um esforço de uma sociedade que se organiza em um complexo sistema de saúde pública e privada com normas e conceitos de bem viver, pesquisas para se descobrir curas, lutas sem fim para que se alongue a vida e amenise dores. Nada disso é em vão.
Não aceitamos a morte, lutamos para que a vida seja o normal.
Nesta batalha da vida, não pode haver espaço para os que banilizam a morte, banalizam o sofrimento.
A vida precisa de quem lute por ela.
Vida eterna aos que se dedicam em fazer a vida o normal.
Aldeir Ferraz
domingo, 31 de maio de 2020
PEDAÇOS
"...Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não para pra que você o conserte."
Um pedaço de O Menestrel de William Shakespeare traz me a refletir sobre este nosso mundo que gira todo dia sem parar.
É muito louco o que acontece. Neste momento alguém pode, em algum canto, estar lamentando uma derrota, uma perda, sofrendo uma dor.
Quantas vezes ao caminhar pelas ruas já percebi pessoas distantes de si e de todos, atordoadas em seus pensamentos, muitas vezes sem saber para onde ir.
Um pedaço de O Menestrel de William Shakespeare traz me a refletir sobre este nosso mundo que gira todo dia sem parar.
É muito louco o que acontece. Neste momento alguém pode, em algum canto, estar lamentando uma derrota, uma perda, sofrendo uma dor.
Quantas vezes ao caminhar pelas ruas já percebi pessoas distantes de si e de todos, atordoadas em seus pensamentos, muitas vezes sem saber para onde ir.
Já estive estes momentos, aliás de vez em sempre tenho. É como se tivessemos em cacos, em pedaços e naquele instante a tentativa de se juntar é dificil, é dolorida.
Mas o mundo gira e todos passam por ti sem se importar por ti.
Colar os seus pedaços é uma tarefa solitária, mesmo que alguém se importe por você.
Não tem jeito, ninguém escapa de uma sensação desta, destruido por dentro e ter que buscar força de se auto reconstruir.
Mas o legal disso é que depois adquirimos o diploma da vida chamado maturidade.
Esta tal maturidade deixa nós com marcas até mesmo fisicas. O olhar torna-se mais firme, as rugas surgem, os cabelos ficam brancos, a voz mais serena, o sorriso é mais seletivo.
Enfim e o mundo gira, uma hora paramos, mas depois precisamos continuar girando também.
Esta tal maturidade deixa nós com marcas até mesmo fisicas. O olhar torna-se mais firme, as rugas surgem, os cabelos ficam brancos, a voz mais serena, o sorriso é mais seletivo.
Enfim e o mundo gira, uma hora paramos, mas depois precisamos continuar girando também.
Aldeir Ferraz
quarta-feira, 27 de maio de 2020
VONTADE
Oh vontade de deixar a cidade e ir lá pra roça, lá no meu cantinho. Meu Sitio Felicidade.
Que coisa boa que é. De manhã cedinho, aquele frio, a cerração, as galinhas no terreiro.... O galo batendo asas e no seu canto demonstrando quem é o rei do pedaço. Lá na cozinha, o fogão de lenha com a brasa ardendo fervendo a água que irá regrar o café que já está no coador do mancebo.
Nossa mãe! O ar é diferente, o olhar nos enche de satisfação pra todo lugar que se vai. Tudo é verde, tudo é brilhante, tudo é belo.
A água fresquinha da mina, bebida na folha de inhame é revigorante, é cristalino. Daquela mina nasce o córrego que é habitat de peixinhos coloridos que celebram a vida com muita festa.
O curral onde as vacas aguardam os seus bezerros, após terem parte do leite retirado em baldes é um movimento só.
A horta repleta de verduras variadas e ainda molhadas pelo orvalho da madrugada aguardam pra serem colhidas. O quiabo está convidativo.
Os canários com a cantaria se lambuzam no fubá arremessado da janela para o quintal.
E os amigos que passam pela estrada de cavalo ou a pé não deixam de erguer o chapéu e fazer o cumprimento que por lá é normal.
Ai que vontade de ir pra lá e não voltar mais. O almoço com aquele arroz quentinho, o angú de fubá de moinho d´água, o torresmo fritinho, o feijão inteiro vermelhinho...
Na varanda a rede esticada, o rádio ligado e a pinga do lado. Tirar aquele cochilo de leve e acorradar suspirando no meio da tarde.
Na hora do entardecer ir ao oratório e agradecer a Nossa Senhora a vida que é maior do que qualquer riqueza possa ter.
Éh vontade boa! Um dia essa vontade vai virar verdade.
Vou chegar lá! Se Deus quiser! Por hora é só sonhar. Éh vontade danada.
Aldeir Ferraz
sábado, 23 de maio de 2020
E LÁ SE VAI MAIS UM DIA
Um Café bem quente e fresco de manhã, bolinho de chuva, o canto de um canarinho na varanda, pronto, tudo no jeito para o que vou escrever. Há! Também não poderia esquecer uma canção que faça jus ao que tenho a dizer.
Do Clube da esquina, de Flávio Venturini, a canção que touxe agora minha inspiração:
...E lá se vai mais um dia ,e basta contar compasso ,e basta contar consigo,que a chama não tem pavio,de tudo se faz canção e o coração,na curva de um rio, rio...
Parte da letra desta canção é o que hoje me põe a celebrar mais um tempo da existência em nossa família, da nossa irmã Maria Celia Ferraz, só Celinha mesmo, tá bom, é assim que todos tratamos.
É muito bom saber que mais um dia como esse assim contamos com sua presença em nossas vidas.
E nos nossos compassos contar com seus passos em forma de aço que nos ajuda sempre a caminhar.
Quem tem sua companhia tem a plena certeza de que como uma chama sem pavio, sua dedicação não tem fim.
E que tudo faz de coração e por isso me inspirei nesta canção.
E que de curva em curva de rios, possamos sempre partilhar e compartilhar nossas dores e alegrias.
Que seu dia de celebrações possa ser de muita energia.
Viva , Viva e Viva!
sexta-feira, 22 de maio de 2020
O FUTURO NÃO SERÁ COMO ERA ANTIGAMENTE
Penso que tudo está muito confuso. Há pensadores que já constroem um consenso de que nada será como antes, após a pandemia.
Como estamos no olho do furacão, dizer já sobre pós pandemia, soa utópico, pois ainda estamos nessa situação que parece não ter fim.
Pra dizer que o futuro não será como era antigamente, será preciso convencer as pessoas.
O convencimento talvez tenha que partir do nosso próprio convencimento que nada tá legal, que as coisas estão confusas.
Se pegarmos a história, poderemos ver que avançamos como humanidade a medida que adquiríamos o conhecimento. Hoje, ao contrário, uma parte quer avançar negando o conhecimento, uma espécie de efeito caranguejo.
Esse andar para trás tem que ter uma lógica, se é que tem lógica, por isso é preciso entender de onde viemos e pra onde queremos ir, sem que ninguém fique no meio do caminho.
Parafraseando uma idéia comun a religião:
O Bom Pastor deve ser aquele que deixa suas 99 ovelhas vermelhas e parte pra buscar a ovelha bolsominia desgarrada.
Ser vermelho no contexto de quem defende as causas sociais é a partilha, mas para quem foi rotulado bolsominio é um comunista, sem refletir sobre o que é, apenas uma definição pejorativa.
Ser bolsomimio no contexto de quem defende o tal capitão é a meritocracia, mas pra quem é rotulado de comunista, essa turma é gado, apenas uma definição pejorativa.
É preciso juntarmos como humanidade e tentarmos resgatar o que ainda resta de vida.
Talvez o primeiro caminho seja o diálogo, sem armas.
Aldeir Ferraz
quinta-feira, 21 de maio de 2020
EXISTÊNCIA
É de costume celebrarmos uma vez a cada ano o aniversário. Assim que nascemos aquela data fica registrada e com o passar do tempo vamos recordando,festejando ou apenas meditando o avançar da idade.
Quando o dia festivo chega, recebemos parabéns,abraços, presentes e muitos desejos de felicidades. Há também o desejo de termos muitos anos de vida. A vida, pensada por nós, tem um limite que vai do nascimento até a morte, onde achamos que é o fim.
Acontece que quando nascemos,passamos a existir e a existência não tem fim, pelo contrário, cada um de nós somos únicos, não existirá outro, mesmo que deixemos de habitar este planeta.
A nossa existência é eterna, mesmo que sejamos esquecidos algum dia, a nossa existência tem prevalecência.
Por isso é importante que a cada dia possamos deixar nossas marcas por aqui.
Tem uma música que diz: Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter, como todo dia nasce, obrigado amanhecer.
Este nosso amanhacer diário nos deixa a oportunidade de deixarmos a marca da nossa existência.
Um pequeno gesto aqui feito, será eternizado, então façamos sempre os bons gestos aqui,pois jamais seremos esquecidos, seremos sempre lembrados pra sempre.
O mês maio, na minha família é cheio de aniversariantes que passaram a existir e nunca mais deixarão de existir.
Quero desejar a eles o meu desejo de eternidade sempre, pois jamais serão esquecidos.
Parabéns aos meus irmãos Nelsinho, Marquinho, Celinha e ao meu sobrinho Mateus.
Viva a existência, viva a eternidade.
Aldeir Ferraz
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