E as histórias vão surgindo nas lembranças como móvel que aparece logo que a poeira é retirada.
Desta vez o caso é as receitas nascidas no bate papo no balcão do armazém Ferraz.
Conta-se que o Wallas casado de novo e o Zé Pequeno estavam com uns probleminhas em casa.
A verdade que o trem tava falhando e nem catuaba com ovo de codorna tava funcionando.
O Marquinho logo deu a receita pra dar conta da situação, fígado de boi é a sustância necessária pra levantar a moral e a felicidade.
Mas o Zé Geraldo e o Tio Deguinho apresentaram um outro estimulante tiro e queda, o caldo de cana.
Visconde do Rio Branco era a terra da cana de açucar e do meio dos canaviais a conversa do caldo de cana como estimulante sexual era quente.
Wallas seguiu a receita tanto do Marquinho, quanto do Tio Deguinho e o Zé Geraldo.
"E num é que o trem deu certo sô", comentou o Wallas uma semana depois, cheio de alegria e revigorado.
Zé Pequeno que não tava acreditando na receita já mudou de idéia e resolveu experimentar.
Com a orientação do Marquinho caprichou no fígado e colocou tomate e muita cebola, o jantar em casa tinha que ser afrodisíaco. A bebida de acompanhamento era o caldo de cana, indicação do Zé Geraldo e Tio Deguinho.
Como o Zé Pequeno tava mais necessitado, resolveu dobrar os ingredientes, no caso do caldo de cana tomou quase duas garrafadas.
No outro dia nosso amigo Zé Pequeno chegou no armazém atrasado e com muita olheira e fraqueza.
Todos logo já perguntaram se ele tinha trabalhado muito a noite e se deu conta do serviço.
Indignado o Zé Pequeno logo falou:
- Fiz muita força essa noite sim, mas foi no banheiro, a caganeira que me deu acabou comigo, nunca mais sigo as receitas suas, é tudo doido.
Aldeir Ferraz
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