Existem tantas praças por aí, mas as das cidades pequenas são especiais.
Nelas é que a cidade se encontra, tem de tudo ali , o treiller do lanche , o buteco do povão , o barzinho com som ao vivo, a igreja e muitas árvores e bancos.
Os bancos nestas praças são disputados pelos namorados e também pelos amigos que proseiam.
Um ambiente mágico de muita inocência onde amizades se formam , onde casais surgem.
Os espaços para politica são demarcados e no coreto poetas e cantadores se revezam sempre tendo as estrelas como plateia.
Tive a felicidade de passar uma boa parte da minha juventude em uma praça de cidade do interior.
Na minha cidade tinha tudo isso que falei, coisas especiais mesmo.
O caldo de cana servido na sorveteria não existe melhor no mundo e o ponto de taxi tem informação para tudo, sem falar da banca de jornal que quando rola os albuns de figurinhas torna se o ponto central dos colecionadores.
Ali tomei meus primeiros porres, mas sempre no juízo certo com os amigos e serenatas fazíamos aos montes.
Nas árvores ainda existem as marcas dos amores que foram e não foram e se elas falassem teriam muito a dizer.
Aprendemos de tudo e vivemos de tudo.
Cada tempo tem seu tempo e seu espaço, mas é muito bom quando voltamos nas nossas praças e ali olhamos canto por canto e nos reencontramos com nossas histórias.
Aldeir Ferraz