Pudera ser eu um fantasma quando partir.
Andar por ruas frias, nas madrugadas, sem se sequer incomodos surgir.
Nas Luas cheias ser a sombra que encobre o brilho iluminante de algum jardim.
E no jardim ser o vento que balança as flores dos canteiros, aterrorisador mistério.
Nos bancos das praças ser a vela que se encanta com os casais em tempos de paixão.
Das noites de solidão, sentir as angustias humanas, acompanhar os copos se esvaziarem um por um e as lágrimas secarem.
Não quero ser o medo da criança, quero apenas sentir em seus berços os sonos de pureza, os sonhos dos anjos.
Não andarei vestido de lençol branco, serei luz, calor e vento.
Pudera ser eu ....
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