quinta-feira, 30 de setembro de 2021

VIDA DE CÃO

 Dura vida de cão, na verdade a vida não é fácil não.

Ser cão fiel a sua vida e acreditar naquilo que te oferecem, talvez seja a origem do dito " Êta vida de cão".

Sou capaz dizer que vida de cão possa ser diferente do imaginado.

Quando uma lágrima ou um sorriso humano surge por um cão, certamente a vida deste ser tem um valor quase meio que esquecido.

Quando conseguimos tocar as pessoas, fazer com que a vocação de ser pedra não é um bom caminho, o universo celebra.

Por isso penso que ter uma vida de cão tem momento que faz bem ao coração.

Ser fiel, ciultivar o amor, a paciência e a solidariedade, ensinamentos de um amigo cão.


Aldeir Ferraz 


domingo, 26 de setembro de 2021

SOMOS DO PASSADO

 Somos do Século passado, além também, do milênio passado.


Que tem mais de 22 anos pode celebrar essa situação, ou seja, ter nascido no milênio e século anterior.


Só quem teve esse momento foram os que viveram a mais de mil anos, no periodo entre o século IX e X, virada do primério milénio.


Muita coisa avançou no modo de vida, avançou também a destruição da Terra.


Na passagem do primeiro para o segundo milênio da era cristã, o Ocidente vivia mergulhado em guerras, terrores e superstições: o fim do mundo estava próximo.


Na passagem do segundo milênio continuamos os mesmos, destruindo, matando, explorando...


Ainda tem dúvidas se realmente estamos evoluindo?


Aldeir Ferraz


sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Toque a terra Sinta a Terra




O grito triste da Siriema que ecoa na grota nos fala da tristeza da terra que tá seca, mas também que o céu ouviu e em breve irá afagar a terra com suas gotas de chuva.

A nossa Terra de tão rica, está sendo saqueada e mal cuidada e agora torna-se nossa mãe pobre e abandonada.

Toque a terra, sinta a Terra como a mãe que temos e que se sacrifica por nós.

Na mitologia grega o céu é Urano, aquele que cobre ou envolve Gaia que é a nossa Mãe-Terra.

Que Urano envie provas de amor a Gaia, com muita chuva e fecunde as sementes de vida que aguardam o ciclo de renovação tão importante para a nossa existência.

Aldeir Ferraz

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O VENTO

 O VENTO 


Vento é o fluxo de gases em grande escala. Na superfície da Terra, o vento consiste no movimento de ar em grande quantidade. 


Mas o vento é mais do que uma a definição de um elemento, ele passa a ser algo místico.


Sinta o vento lhe tocar, ouça o seu som, parece nos dar um recado, move os nossos sentimentos.


No calor busca nos aliviar, nos encanta quando agita os nossos cabelos.


Feche os olhos,levante os braços e sinta ele lhe tocar.


Vento, ventania me leve sem destino....


Aldeir Ferraz



quarta-feira, 15 de setembro de 2021

CHUVA



Como nós mineiros dizemos, chuva é um trem bão demais.

Saudade danada dela,ainda mais nessa quentura que estamos passando.

Chuva é maravilha, vindo suave, molhando o chão, espantando o calor, alegrando a planta e os animais.

Melhor ainda é poder presenciar a chuva na roça, na varanda da casa assistindo o espetáculo das arvores balançando com o vento e suas folhas molhadas.

A água da chuva escorrendo do telhado e caindo no chão. Outra coisa boa é passar debaixo de uma árvore e receber os pingos gelados caindo das folhas.

E a cantoria dos pássaros festejando com alegria e com vôos rasantes rasgando o céu cheio de riscos de chuva.

E o cheiro gente, meu Deus que cheiro refrescante de terra molhada.

Êta saudade de uma chuvinha boa.

Aldeir Ferraz

domingo, 12 de setembro de 2021

A medida da vida na vara de um bambú

 A medida da vida na vara de um bambú


A morte tinha um ritual de preparação bem diferente do que é hoje.


O defunto corpo mal se esfriava e com uma vara de bambú o seu tamanho era atestado.


Na serraria as tábuas cortadas sobre medida e os pedaços de pano afixados com grampos formavam o último leito.


Não tinha hora, era a qualquer hora e com pressa, mas com respeito a encomenda era entregue.


Em um banco de madeira, no aguardo o corpo sem vida esperava, agora sem a impaciência de quando vivo.


Flores, pouco tinha, a não ser o infortuito fosse em tempos de primavera, no outono o melhor terno ou vestido é que levava o destaque para o velado.


A morte mais do que  reunia as pessoas para a despedida, era um evento.


 Era uma obrigação se fazer presente com  orações, indo nas rodas de conversas, tomando a aguardente que não faltava para quem virava a noite.


A alça do caixão era disputada e na cova já preste a ser fechada, a tradição de jogar alguns terrões era sagrada.


E a vara de bambú em um canto ficava a espera de nova medida para  quem sabe, alguém que do velório de despedida fez presente e do lado  dos vivos.


Aldeir Ferraz

Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...