O cinema já não existe mais, o carrocinha de pipoca também e talvez a memória não mais nos ajudará a sentir o prazer de saborear os saquinhos de pipocas do Sr Antônio Pipoqueiro.
Ele chegava cedo no armazém e logo comprava o milho pipoca, o litro de óleo, a buraquinha de sal ( antigamente não se falava saquinho) e também a camisinha de lampião que era usada na carrocinha.
A carrocinha de pipoca era muita esperada na porta da escola, na praça do lado do vendedor de laranja que tinha máquina manual para descascar rapidinho a fruta.
Sr Antônio Pipoqueiro tinha sempre a companhia da Dona Aparecida e era tempo todo enchendo a saquinhos e estourando as pipocas na panela.
Os estouros do milho que se transformava em pipoca dava medo, pois parecia tiroteio mesmo.
Quando chegava as festas de Cosme e Damião e de São Jorge, a dupla sempre estava presente ajudando e preservando a fé.
Salve o Pipoqueiro!
Aldeir Ferraz