quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Vá na Fé Mestre Dão


O caminho agora é outro!

Nossa! Quanto chão ficou pra trás.

Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cresceu como gente grande, ganhou mais humanidade.

Pra cidade partiu e no comércio dedicou a maior parte da sua vida.

Tinha patrão bão, tinha patrão chato, tinha patrão legal, isso tudo aguentou e sempre buscou ser o mesmo, o cara do cabo de enxada que enfrentava o tranco.

Muitos amigos conquistou , sua  estrada pavimentou na fé e  termina seu caminho vencendo o bom combate

Tenho certeza que você construiu uma bonita história e deixa a marca de um ser humano exemplar, um companheiro de trabalho correto e justo.

Tornou se um profundo conhecedor da arte de comprar e negociar os melhores preços e produtos, cidadão digno de honrarias.

O mundo do comércio desde o tempo do balcão onde era olho no olho com o freguês, da prova dos 9 nas contas sem calculadora, da concha que pegava o arroz, o feijão, o açúcar, até a balança de 02 pratos ensinou muita gente a ser referência nos dias de hoje, pois o mundo avançou e sem que tivessem tido a oportunidade de sentar em uma cadeira na sala de aula, evoluiu no tempo.

Sua história está registrada e todos que tiveram a alegria da sua convivência possam contar sobre a grande pessoa que foi.

Seu Espírito agora voa, tranquilo e leve para outra dimensão.

Vai na Fé, vá em Paz 

Aldeir Ferraz




sábado, 5 de agosto de 2023

CARTAS

 


O que vi da vida, nos caminhos que trilhei, marcas que deixei, gente que ficou, amigos que fiz, lágrimas que molharam o chão, sorrisos que ficaram marcados, sonhos eternos...

No passado era comum escrevermos cartas, hoje já não existe este hábito.

Quem já enviou cartas ou recebeu sabe que bela sensação era.

O frio na alma era contagiante, postar uma carta e ficar na expectativa de saber se o destinatário recebeu, era demais. 

Claro que receber também era fantástico. Era nítido ver uma pequena inveja de vizinhos ou quem passava na rua vendo o carteiro bater na porta de casa para entregar uma carta.

Então! A vida é de sabores e sensações e neste contexto queria te convidar para  fazer uma participação em um projeto de Livro que pretendo iniciar, a princípio vai chamar CARTAS.

Escreva uma carta , tem que ser escrita a caneta de cor preta, em um papel de caderno e  colocar em um envelope com selo,  enviar para o meu  endereço:

Rua Major Mendes Sobrinho, 17, apto 103, Ubá- MG , CEP 36504048

O tema da carta 

" O que vi da vida"

A ideia é registrar em diferentes pensamentos o que a vida tem nos mostrado no caminho e deixar isso registrado para o futuro.

Sua energia participando deste projeto me fortalece.

Aldeir Ferraz






quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

O Nascente

 Nasci em um ano bissexto, fevereiro, véspera de carnaval, era verão, lua minguante rumo a lua nova.

O mundo tava na repressão, mas tinha gente da revolução, alguns caíram e outros não.

Imagine, a música de Jonh Lennon, alimentava a esperança naquele ano.

Atravessei o tempo na crença de um mundo melhor, tanta gente que me ensinou a ser assim.

E cá estou, avançando no meu tempo, apenas sendo eu, um caminhante que faz o caminho ao caminhar.

Aldeir Ferraz

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

ANTÔNIO PIPOQUEIRO

 O cinema já não existe mais, o carrocinha de pipoca também e talvez a memória não mais nos ajudará a sentir o prazer de saborear os saquinhos de pipocas do Sr Antônio Pipoqueiro.

Ele chegava cedo no armazém e logo comprava o milho pipoca, o litro de óleo, a buraquinha de sal ( antigamente não se falava saquinho) e também a camisinha de lampião que era usada na carrocinha.

A carrocinha de pipoca era muita esperada na porta da escola, na praça do lado do vendedor de laranja que tinha máquina manual para descascar rapidinho a fruta.

Sr Antônio Pipoqueiro tinha sempre a companhia da Dona Aparecida e era tempo todo enchendo a saquinhos e estourando as pipocas na panela.

Os estouros do milho que se transformava em pipoca dava medo, pois parecia tiroteio mesmo.

Quando chegava as festas de Cosme e Damião e de São Jorge, a dupla sempre estava presente ajudando e preservando a fé.

Salve o Pipoqueiro!

Aldeir Ferraz


Vá na Fé Mestre Dão

O caminho agora é outro! Nossa! Quanto chão ficou pra trás. Lá na roça a quantidade de dias de Sol que tomou no lombo. Os calos na mão, cres...